terça-feira

Voos directos para a China serão feitos por companhia chinesa

Voos directos para a China serão feitos por companhia chinesa


Ministro da Economia acompanha o Presidente da República e mostra-se confiante na duplicação das exportações este ano.








Vai ser uma companhia chinesa a realizar voos directos entre Portugal e a China. A vontade existe dos dois lados, mas a capacidade está apenas do lado chinês. 

A ligação aérea directa é uma antiga preocupação dos dois países e tornada cada vez mais urgente devido ao aumento de ligações empresariais. Este foi, por isso, um dos temas tratados durante o pequeno-almoço de negócios entre o Presidente da República, Cavaco Silva, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e o da Economia, António Pires de Lima, que foi o porta-voz do encontro. 

"Pode vir a ser um ponto muito importante no futuro o estabelecimento no futuro de uma ligação aérea directa entre a China, Pequim, Xangai e Portugal. É uma aposta que gostaríamos de estudar mais em detalhe e que pode contribuir para um crescimento assinalável das já significativas relações turísticas", afirmou Pires de Lima, numa declaração aos jornalistas. 

O turismo é uma das áreas com que o ministro da Economia conta para o aumento das exportações, que espera venham a duplicar este ano. Em 2013, o volume de exportações para a China foi de 650 milhões de euros. Este ano, Pires de Lima espera ultrapassar os mil milhões. 

Também o embaixador da China em Portugal vê boas perspectivas para as futuras ligações. Songfu Huang vê possibilidades de crescimento em múltiplos sectores. "As empresas chineses têm vontade de estudar pelo menos essa possibilidade. Portugal abriu a porta e as empresas chinesas têm a vontade", afirmou o diplomata aos jornalistas, depois do pequeno-almoço organizado pelo fundo de investimentos Fosun. 

O encontro juntou várias empresas de sectores como a indústria agro-alimentar, a arquitectura e o turismo. A China Eastern Airlines, uma das companhias aéreas interessadas nos voos directos para Lisboa, também esteve presente.

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Obs: As ideias de Pires de lima, que outros já tiveram há décadas, continuam válidas e vão ao encontro das vantagens comparativas das duas economias: portuguesa e chinesa. 

O problema é de credibilidade, pois já não se pode acreditar num ministro da Economia que defende uma coisa e, no governo, faz o seu exacto contrário. Neste sentido, Lima, o "ministro-cervejeiro" que Paulinho Portas injectou no governo para preencher a cota pífia do CDS, não pode passar a sua vidinha discursiva a enaltecer o turismo, as exportações e todo aquele blá, blá, blá típico de um ministro retórico sem nenhum peso e influência no governo, e, depois, domesticamente, agravar ainda mais o já escabroso valor do IVA da restauração. Facto que tem escavacado todo esse sector, agravando ainda mais a retracção da procura interna e engrossando o desemprego no sector.

Tal a bebedeira política de Pires de lima que, tal como o líder do seu partido relativamente às reformas e aos pensionistas (ou à lavoura), que pisou todas as linhas vermelhas, Lima é alguém em quem não se pode confiar, e desconfio que os chineses já sabem que assim é. 

Quanto ao MNE, Rui machete, o bom é que ele faça apenas os cumprimentos diplomáticos da praxe. Pois todos sabemos quais são as consequências externas para Portugal de quando ele se aventura no reino das suas costumeiras baboseira, e o caso de Angola serve-nos aqui de alarme.

No fundo, veremos para que servirá esta viagem de Portugal à China, cujas relações se têm vindo a intensificar. Temo, contudo, que o saldo mais mediático sejam as exclamações de D. Maria quando se deparar com a "eternidade" representada pela longa Muralha da China...

Só no final poderemos assegurar que certas viagens são viagens de negócios entre Estados soberanos, ou viagens de interesse particular disfarçadas de interesse de Estado. 

Vejamos, pois, qual é a cotação de Cavaco no Oriente e qual o retorno desta autorização do Parlamento - que envolve recursos avultados - que permitiu que a viagem de realizasse.

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