terça-feira

Mandela - duma morte faz-se uma festa e lições para o futuro


Com mais visitas oficiais (fúnebres) de chefes de Estado do que o Papa João Paulo II - Mandela, depois de morto, transformou-se numa espécie de instituição global, um ponto de luz para onde tudo e todos convergem. Um fora em que o espaço para a cooperação, o amor, o desenvolvimento, os caminhos da prosperidade, da paz, da reconciliação e da democracia podem fazer o seu percurso. 
À sombra da reconciliação nacional "arco-iris" que conseguiu realizar na África do Sul - Mandela pode, doravante, inspirar os líderes mundiais à realização de muitas profecias e à consecução de inúmeros projectos, uns mais tangíveis do que outros, mas todos dependendo exclusivamente da vontade concertada dos homens: a (adiada) reforma da ONU, a erradicação da fome e da pobreza no mundo, a erradicação das principais doenças que atingem especialmente as sociedades mais vulneráveis dos países do Terceiro mundo, as preocupantes alterações climáticas que desencadeiam eventos extremos que destroem bens e matam milhares de pessoas. 

Um outro sem número de questões podia encontrar inspiração na morte de Mandela - que tem a particularidade de da morte fazer uma festa da representação política à escala global.

Com uma representatividade tal que até supera a ONU nas questões que esta ainda não teve a capacidade de resolver, porque os homens não se entendem quanto ao essencial. 

Estudar a vida e obra de Mandela pode, seguramente, dar importantes contributos à ultrapassagem desses bloqueios no mundo contemporâneo.

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