sábado

Temporal fustiga norte da Madeira

Automóvel apanhado por temporal na Madeira

Automóvel apanhado por temporal na MadeiraFotografia © Inácio Freitas

Uma viatura dos Bombeiros de Machico ficou "entalada entre duas quebradas", assim como um carro particular, disse ao DN fonte dos bombeiros. Não há vítimas.
No Porto da Cruz estiveram durante a noite para além dos bombeiros desta freguesia, foi pedido socorro aos bombeiros das corporações de Machico e de Santana.
Segundo algumas fontes, se esta precipitação tivesse acontecido sobre o Funchal, "estaríamos nesta altura a viver uma situação próxima do 20 de fevereiro de 2010".
Neste momento, o trânsito está condicionado no acesso ao Porto da Cruz, concelho de Santana. Há várias máquinas no terreno, funcionários da direção regional de estradas, protecção civil e populares tentam rapidamente repor a normalidade. Em Santa Cruz, onde também se registou aluimentos de terras, a situação não é tão grave. Contudo, uma equipa da vereação faz o levantamento dos estragos e da necessidade de realojar uma família por motivos de segurança.
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Obs: Ainda que as previsões meteorológicas tivessem acertado na intensidade das chuvas (desde 5ª feira) os efeitos dessas quedas de água nas populações e nos bens destas são sempre imprevisíveis, embora a orografia da ilha aconselhe o pior. Este quadro de previsibilidade, sobretudo na geografia acidentada da Madeira, e em que os aluimentos de terras são sempre uma forte possibilidade (devastando tudo à sua passagem), talvez fosse útil alterar o modelo de desenvolvimento regional no que diz respeito à construção de edifícios e ao conjunto do planeamento territorial no arquipélago
- É sabido que o investimento em milhões de euros em túneis facilita e aproxima as pessoas num tempo mínimo, mas depois as vias interiores ficam desprotegidas nas obras de qualificação que precisam para enfrentar as intempéries, recorrentes na ilha. 
- Por outro lado, e em conformidade com aquele desiderato, talvez fosse útil conceder mais meios e responsabilidade à Protecção Civil que passaria a ter um carácter estratégico no que respeita à prevenção e gestão de catástrofes, atribuindo a esta a faculdade de - em estreita articulação com o poder político (obviamente) definir um conjunto de políticas, acções e medidas de prevenção e segurança destinadas à salvaguarda de pessoas, bens e do ambiente em face de catástrofes naturais que, tendencialmente e sob pressão do aquecimento global do planeta (man-made) irão provocar mais eventos extremos e, consequentemente, gerar mais baixas humanas associada à destruição de património de valor incalculável. 
- Neste quadro negro, talvez fosse urgente colocar a prevenção e a reacção no prato da balança da decisão política para perceber que aquela compensa, até em vidas humanas. 


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