Ricardo Salgado em apuros. Era uma vez um banqueiro. Sucessão no BES

Expresso.

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"Eu, Comandante António Ricciardi, acionista do Grupo Espírito Santo e presidente do Conselho Superior, venho esclarecer que só não apoiei o voto do meu filho José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi na moção de confiança pedida por Ricardo Salgado para evitar a rutura institucional imediata, mas subscrevo sem quaisquer reservas a posição assumida pelo Conselho, incluindo a do meu filho José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, sobre a governance e sucessão na liderança do Grupo Espírito Santo", lê-se num comunicado enviado hoje às redações. O mandato de Ricardo Salgado à frente do Banco Espírito Santos (BES) termina em 2015.

Os motivos da desavença

Para a desavença familiar terão contribuído os maus resultados do BES (o prejuízo foi de 380 milhões nos primeiros noves meses do ano), os processos judiciais (Operação Furacão, Portucale, Escom/submarinos, Monte Branco, suspeita de insider trading na privatização da EDP e da REN) que têm envolvido altos responsáveis do banco, as tensões em Angola com Álvaro Sobrinho, ex-presidente do BES Angola, e mais recentemente confronto com Pedro Queiroz Pereira na Semapa, que pôs a nu as fragilidades do fundo Espírito Santo Liquidez.

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