terça-feira

Qdo o que é imposto em Portugal se revela impossível

Ante todas as dificuldades das finanças e da economia portuguesa, pergunto-me se o que nos é hoje imposto não será impossível?!

Tudo o que de pior a Europa tem, em matéria de legislação laboral ou outra, copiamos gentil e obedientemente, nem que seja para parecermos o "bom velho aluno". Parece até que hoje cada homem em Portugal (e também na generalidade da Europa) tem que ter um direito especial para merecer viver, já não basta aquele direito à vida inalienável que se adquire à nascença.

Todavia, sabemos que só uma minoria muito excepcional é provida de poderes, regalias e privilégios considerados incontestáveis, e que gozam esses direitos quase por uma inerência hereditária, quase monárquica.

Quanto ao resto da humanidade, círculo maior que não se inscreve naquela pequena circunferência de privilegiados, para "merecer" viver terá que fazer uma prova acrescida de utilidade aos mercados, e só depois de a Srª Dona Economia dar o seu agréement é que aquele sujeito se encontra apto para o respectivo serviço na actual sociedade completamente subjugada às regras da economia que, por sua vez, está dependente da lei maior das finanças públicas.
Na prática, não existe hoje economia, existem apenas negócios. É dentro deste colete-de-forças, que impede a cada português hoje de aceder a um conjunto de direitos e de os cumprir socialmente, que me parece que aquilo que nos é imposto pelas finanças alemãs - e que as finanças nacionais são o fiel executor, se revela impossível.
Na prática, estando bloqueados um conjunto de acessos aos portugueses, Portugal converte-se num povo sem história, sem futuro. Embora tenhamos alguma biografia.

Etiquetas: