Teatralização da vida pública nacional
A teatralização anda de mãos dadas com a personalização do poder, pelo que os actores políticos em Portugal assimilaram o papel de verdadeiros actores integrados numa dramaturgia e cenografia especiais.
O reportório de Belém já remonta aos 80's de S. Bento - e aos abundantes fundos comunitários - em que era fácil governar ao tempo de vacas "gordérrimas".
Por sua vez, os repertórios das sedes partidárias tresandam a simulação, dissimulação em que o objectivo único parece ser a captura do poder, e é nesse registo que esses players usam e abusam das respectivas "fachadas sociais" de forma habilmente calculada para atender aos fins em vista.
Tudo e todos, na prática, operam em função dum espectáculo proposto. E foi assim que chegámos onde estamos: ao lodo do défice, da dívida pública (e privada), à crise de soberania financeira, aos impostos que esmagam e ao esbulho generalizado imposto pelo Estado aos seus próprios filhos.
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