quinta-feira

EUA preocupados com mísseis russos vendidos a Chávez, dn

Os mísseis, que podem ser transportados e operados por um único homem, estão a preocupar os Estados Unidos por receio que caiam nas mãos das FARC.
Segundo avança o El País, altos funcionários do governo russo confessaram a uma delegação norte-americana que a Rússia tinha vendido mais de 100 mísseis antiaéreos à Venezuela, um tipo de armamento que os Estados Unidos consideram como forte factor de perigo para região.
Ainda que Hugo Chávez já tivesse revelado publicamente a aquisição do armamento, nunca se tinha imaginado que a quantidade de mísseis fornecidos pela Rússia fosse tão elevada.
O rearmamento da Venezuela, e a sua estreita colaboração com a Rússia, tem estado a alarmar os norte-americanos que temem que os mísseis possam cair nas mãos dos guerrilheiros das FARC, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
Um dos piores cenários avançado por Washington é que a guerrilha colombiana se arme com mísseis antiaéreos que podem ser manobrados por apenas um homem, permitindo a um só guerrilheiro derrubar um avião com grande facilidade. O modelo de fabrico russo é considerado como "um dos modelos de defesa antiaérea portáteis mais mortíferos do mundo". Com um alcance de quatro a seis quilómetros, os mísseis portáteis são uma grave ameaça para os helicópteros "Blackhawk" norte-americanos que operam na Colômbia.

Obs: Do lado da Venezuela encontramos petróleo que compra tudo e mais alguma coisa; do lado da Colômbia temos a coca e a heroína que serve para adquirir "mais alguma coisa e tudo"; do lado da Rússia identificamos as velhas mafias e ex-espiões convertidos em homens de negócios a facturar milhões dólares exportando material militar de 2ª linha, mas que ainda está operacional.

Todos ganham com a bandidagem institucionalizada: o quintal de Hugo Chavez, a Venezuela, aumenta o seu poder funcional relativamente aos parceiros na região; a Colômbia, através da coca, pode comprar meia dúzia desses mísseis e mandar abaixo mais uns aviões e helis norte-americanos, e a Rússia faz mais um encaixe de milhões e fica-se a rir deles todos.

É pena que a Wikileakes não esteja por dentro destas operações e as denuncie em tempo útil, pois seria essa a sua finalidade: uma organização cujo know-how deveria ser colocado ao serviço da segurança internacional, e não preocupar-se com mexericos e divulgar listas de infra-estruturas militares e civis que só podem abrir as portas ao planeamento de ataques terroristas.

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