terça-feira

Maria José Morgado defende PJ

Maria José Morgado defende PJ
por Carlos Lima, dn
Directora do DIAP de Lisboa rejeita críticas de José Miguel Júdice à forma como decorreu uma busca à casa do ex-presidente do BPP, João Rendeiro.
"Não se verificou nenhum dos factos relatados a não ser a justa e leal apreensão de meios de prova necessários ao processo, sendo que a Polícia Judiciária agiu enquadrada pelo magistrados do Ministério Público da 9ª secção e não isoladamente". É desta que Maria José Morgado, directora do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP), reagiu, hoje em declarações ao DN, às críticas feitas pelo advogado José Miguel Júdice, que representa João Rendeiro, ex-presidente do BPP (Banco Privado Português, e um dos arguidos na investigação em curso.
No final da passada semana, José Miguel Júdice anunciou publicamente a intenção de processar os inspectores da Judiciária que fizeram uma busca à casa de João Rendeiro, declarando que os mesmos cometeram várias ilegalidades. O advogado do ex-presidente do BPP criticou a postura dos inspectores da PJ durante as buscas realizadas na passada quinta-feira. "Não é normal que cheguem às sete da manhã a casa de uma pessoa, que toquem à campainha sem se identificarem e não deixem sequer espreitar pelo buraco da fechadura", afirmou José Miguel Júdice.
Críticas refutadas por Maria José Morgado, para quem "as imputações feitas pelo mandatário de um arguidos BPP não corresponderem de forma nenhuma à realidade". "A autoridade judiciária competente, o DIAP de Lisboa, não deu conta de nenhuma actuação relevante discplinarmente muito menos criminalmente. O comportamento dos inspectores da PJ decorreu com o respeito integral pelos direitos da defesa", disse, esta tarde ao DN, Maria José Morgado.
A directora do DIAP de Lisboa adiantou ainda que João Rendeiro foi ouvido como arguido em Julho de 2009 e, desde então, "nunca solicitou por qualquer via uma nova audição nos autos, nem fez nenhum pedido de interrogatório complementar".
Obs: Rendeiro está, ou deve estar, tão aflito que foi logo comprar os serviços jurídicos, seguramente "praticados" em regime pro bono, de José miguel Júdice, um advogado super-mediático e com os graves prejuízos financeiros que já infligiu aos clientes do BPP que foram literalmente enganados, esbulhados por gestores pouco sérios que deram uma utilização diversa daquela que os clientes pensaram quando formaram as suas aplicações financeiras.
Práticas sufragadas por aquele banqueiro que, lamentavelmente, ainda não foi devidamente inquirido pelas autoridades competentes. Nos EUA Rendeiro já há muito que estaria na cadeia com as alegadas acusações que lhe são feitas em Portugal. Aguarde-se pelos resultados das inquirições, embora o papel de Júdice seja o de safar aqueles que metem a mão na massa, dos outros...
De resto Júdice já irrita, porque ele só está onde estão os milhões. É o típico advogado dos riquinhos, embora pobres de espírito, como ele próprio!