segunda-feira

Reunião entre Passos e Manuela terminou sem declarações

A reunião de hoje entre o presidente eleito do PSD, Pedro Passos Coelho, e a ex-presidente do partido, Manuela Ferreira Leite, na sede nacional social democrata demorou cerca de meia hora e terminou sem declarações.
Pedro Passos Coelho chegou à sede da São Caetano à Lapa, em Lisboa, cerca das 11:30, acompanhado pelo ex-deputado Miguel Relvas, que foi o coordenador da comissão política da sua candidatura às directas desta sexta feira.
Manuela Ferreira Leite chegou pouco depois, sozinha.
Cerca de meia hora mais tarde, a ex-presidente do PSD sairia da sede nacional social democrata também sozinha, ao volante do seu automóvel pessoal, sorrindo para os jornalistas que se encontravam no exterior da sede.
O gabinete de imprensa informou em seguida os jornalistas de que não haveria igualmente declarações por parte de Pedro Passos Coelho sobre este encontro.

Obs: A srª Ferreira sempre foi muito séria e impoluta, e soube realçar essa imagem púbica precisamente no dia da passagem do testemunho a Passos Coelho, ainda que contrariada. Chegou sózinha e partiu sózinha, mas, em rigor, nestes últimos dois anos foi assim que o PSD fez política: de forma isolada, sem critério, sem conteúdo e, para agravar as coisas, com declarações verdadeiramente anti-democráticas pela srª Ferreira de que a narrativa no American Club foi o epifenómeno mais desastroso. Mas apesar de toda esta aridez, a senhora leite soube cultivar uma imagem de pessoa séria e impoluta ao chegar no seu carrinho particular, dando a entender que não contribui para gastos supérfluos no Estado, como faz abusivamente Jaime gamas. No fundo, leite quis dizer: olhem bem para mim - cá estou, sem ideias, sem projecto, sem uma única ideia sustentada para fazer sair Portugal da mediocridade em que vegeta, mas sou séria e impoluta. Uma espécie de Cavaco de saias. Esperemos é não descobrir que a senhora Ferreira também transacionou acções da SLN à margem dos mecanismos oficiais de bolsa para obter mais-valias que são, objectivamente, ilegais.