Petrolífera da Fundação Gulbenkian ganha concessão na Argélia
Petrolífera da Fundação Gulbenkian ganha concessão na Argélia, Jn
A Partex, petrolífera da Fundação Gulbenkian, ganhou a exploração de um campo de gás na Argélia com reservas superiores a 141 mil milhões de metros cúbicos, disse o presidente da empresa, António Costa Silva.
Depois de um processo que terminou a 22 de Dezembro, o consórcio que integra a Partex (com dois por cento), a petrolífera francesa Total (47 por cento) e a petrolífera estatal argelina Sonatrach (51 por cento) assegurou a exploração do maior dos campos a concurso, na região de Ahnet.
"O campo tem reservas estimadas de pelo menos cinco triliões de pés cúbicos (141,584 mil milhões de metros cúbicos), mas podem chegar a cerca de 10 triliões de pés cúbicos", disse António Costa Silva à Lusa.
Costa Silva mostrou-se optimista quanto ao resultado das explorações no campo de Ahnet, afirmando que terão um "mercado imenso" no médio prazo, prevendo fornecer gás sobretudo para o mercado europeu e da Península Ibérica.
O consórcio, que terá as receitas divididas na proporção das participações de cada petrolífera, está agora na fase inicial da exploração e a reavaliar a concessão, adiantou o responsável.
"Vamos começar a extrair dentro de quatro, cinco anos", acrescentou o presidente da Partex, referindo que a cerimónia de assinatura dos contratos de concessão vai decorrer em Argel, capital argelina, a 16 de Janeiro.
"O gás vai ser o futuro em termos de matriz energética, tenderá mesmo a passar o petróleo, porque é mais limpo e emite menos dióxido de carbono", afirmou, referindo que a Partex, com a exploração argelina, pode assim posicionar-se para responder à procura europeia e ibérica face às necessidades de médio prazo, entre cinco e dez anos.
Para além do consórcio que integra a petrolífera portuguesa, receberam também licenças de exploração uma aliança entre a espanhola Repsol, a francesa GDF e a italiana Enel e uma outra parceria entre a tailandesa PTTEP e a chinesa CNOOC.
O petróleo e o gás asseguram cerca de 97 por cento das exportações da Argélia, o sexto maior produtor mundial de gás natural.
A abertura de novas explorações de gás faz parte da política argelina de aumentar até 2013 as exportações de gás natural dos actuais 60 mil milhões de metros cúbicos para 85 mil milhões. Obs: Felicite-se a Partex e a Fundação Caloust Gulbenkian por esta exploração.
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