segunda-feira

Projecto Hunger

Em 1984, a propósito do combate à fome, um jornal titulava a seguinte expressão: I commit myself… the end of hunger and starvation by the end of te century.
Três milhões de aderentes, sendo dois dos EUA, assumem esse compromisso solene (commitment) do eu (self). É do foro da vontade (will). Os “empenhados” descobrem como fazer uma diferença nas vias relacionadas com as circunstâncias e as suas responsabilidades. As pequenas acções de cada um geram um clima, um ambiente no qual o trabalho a realizar é gerado e acelerado. São estas acções que conduzem a uma mudança de época na história do mundo, alterando o estágio na nossa própria civilização.
Foi este tema que emprestou mote para a doutrina oficial do movimento do Hunger Project, datado de 1984.
A ideia, como já se percebeu, era sistematizar a visão de uma solidariedade global, a criação do contexto pelo “eu” que se torna mastery (domínio, que não é a força mas sim a potência), até à profecia do tapete que pode um dia voar com a condição de mudar a sua mentalidade de tapete.
Por outro lado, o esprit de J. F. Kennedy, o presidente autor da teoria da "Nova Fronteira" – também é invocado, e a crença de que a fome poderá desaparecer da face da terra passa a valer como uma quase-certeza. Quase...
Agora está em curso a cimeira de Roma para debelar a fome, muita coisa mudou desde então, excepto a perpetuação do flagelo que é a fome, mas hoje, pelo menos, parece que já compreendemos a ideia segundo a qual a revolução mundial pode estar em marcha, sendo certo que o modelo para erradicar o flagelo não será o de Sillicon Valley, mas o do espírito da própria história, o qual dependerá, seguramente, daquela vontade política que tem faltado.
Será que desta vez, com tantas ausências de peso, o fim da história será diferente?!.