Pinto Monteiro, o Procurador "100%" incompetente. Uma anedota...

O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, tentou hoje colocar alguma água na fervura em relação às divergências que nos últimos dias vieram a luz entre a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), devido às certidões extraídas do processo ‘Face Oculta’, relativas às escutas a conversas telefónicas entre um dos arguidos do caso, Armando Vara, e o primeiro-ministro, José Sócrates.

"A PGR e o STJ têm uma relação 100% correcta e eficaz. Até agora, o presidente do Supremo e o Procurador estão cem por cento de acordo", disse Pinto Monteiro aos jornalistas, vincando que não há qualquer desentendimento entre os líderes dos dois órgãos judiciais: "Isso é uma imagem absolutamente falsa que passaram".

Ontem, o presidente do Supremo, Noronha do Nascimento , criticou a forma como as certidões extraídas do ‘Face Oculta’ lhe estão a ser entregues. "O que tem chegado é um pouco às bochechas. Aos bocadinhos. Não percebo como se pode enviar certidões importantes agora, outra daqui a 15 dias", disse, à RTP. (...) (DN).

Obs: Depois das declarações incisivas de Noronha do Nascimento, denunciando a recepção aos "bocheichos" das certidões extraídas do processo face oculta - ficou claro a incompetência de Pinto Monteiro na direcção deste processo que beneficia do recurso às fugas ao segredo de justiça para queimar políticos na praça pública e, assim, ir decapitando o PS.

Pinto Monteiro sentiu que alguém de dentro do sistema judicial com peso questionou a sua competência, sentiu-se, por isso, tocado, atingindo e para não ficar isolado no milieu, uma vez que já o está na sociedade, sentiu a necessidade extrema de vir a terreiro proferir uma mentira útil: a dos 100% quando, na verdade, todos sabemos que as relações do PGR com a sociedade, por um lado, e com os demais órgãos judiciais, por outro, são tensas, beras e profundamente improdutivas.

Aliás, se hoje a economia não se desenvolve mais e a sociedade portuguesa não se moderniza - tal deve-se, em bom rigor, à incompetência do actual PGR que há muito já se deveria ter demitido. E indemnizado o Estado por danos que centenas de fugas ao segredo de justiça já provocaram na sociedade.

Se Eça de Queirós fosse vivo corrigiria a mão, e onde está a palavra "Governo" apareceria Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro. O PGR 100% incompetente.