sexta-feira

A imaginação sobre a razão e o efeito spin

Há dias um amigo teve a bondade de me dizer que, em certos contextos, a racionalidade pouco ou nada interessava para manter certas funções, lá conclui que tinha razão. Há sempre uma rocha no caminho que só pode ser demovida pelo instrumento do bem moral que é a imaginação. Hoje a humanidade está confrontada com essa luta da razão contra a imaginação, pois aquela degenerou porque conduz o homem a resultados pouco satisfatórios, até mesmo na relação consigo próprio como se vê no filme extraordinário que abaixo passamos. Daí a necessidade de substituir a razão pela imaginação. Escapatória para o progresso moral que ainda nos falta perseguir.
No filme um misterioso DJ cai do céu com a missão de resolver uma série de trágicos acontecimentos do quotidiano das pessoas, mas quanto mais o DJ o tenta consertar mas ele se estraga. Vale a pena ver como, em tese, todos nós poderíamos resolver alguns dos nossos próprios problemas se, porventura, dispuséssemos dessa fabulosa máquina do tempo que, para o bem e para o mal, nos atinge a todos.
A música é, afinal, o lugar do invisível e do incrível, por vezes leva-nos até à filosofia como ora advogamos na substituição da razão pela imaginação, ainda que, no final, se constate que nada disto será possível. Haverá sempre um efeito não esperado na conduta humana que frustra qualquer planeamento, haverá sempre uma ponta de irracionalidade e de maldade na conduta humana que escapará sempre à bondade e à inteligência que alguns homens têm deixando outros profundamente invejosos e ressentidos por não experimentarem essa sensação de descobrir o encadeamento das ideias que depois oportunísticamente aproveitam.
Spin!