quinta-feira

Entulho intelectual

Filósofos pragmáticos, como J. Dewey salientam que tudo o que podemos esperar dos filósofos é que eles façam o máximo para estimular a experimentação cultural e sociopolítica. A principal função da filosofia é remover o entulho intelectual - de que a prestação parlamentar de Pacheco Pereira constitui um mau exemplo, ainda que a pretexto duma nobre causa: a Justiça em Portugal que, consabidamente, é má, lenta e cega. Quando chegamos a este estado de coisas constata-se que a Justiça não funciona, depois a esperança vira-se para a política - por forma a que seja esta a apurar factos, instruir processos, fazer acusações e a meter as pessoas na cadeia. Felizmente, as coisas não podem (nem devem) ser como o historiador de meia-tijela Pacheco pereira pretende, ainda que Vara tenha um trajecto político sinuoso, mas agora terá a oportunidade de defender a sua inocência e, se for caso disso, ser reintegrado no banco donde suspendeu funções. Daqui procede, pela incerteza da justiça e falibilidade da política, que esta será sempre uma questão de tentativa e erro, como a busca da verdade, de experimentar novas instituições e fórmulas como forma de resolver problemas. Mas uma coisa é certa: Portugal não progride como homens com Pacheco no Parlamento e Vara na finança. Por mim sabia bem para onde os levar, mas a minha educação impede-me de aqui o expressar...