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Herman Van Rompuy e Catherine Ashton nomeados para os novos cargos europeus

Bruxelas – Os líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia escolheram o belga Herman van Rompuy e a britânica Catherine Ashton para ocuparem os novos cargos criados pelo Tratado de Lisboa. JN
Após muitas divergências, os líderes dos 27 acabaram por escolher dois desconhecidos para os dois cargos mais importantes da União Europeia. Bastou uma hora e meia para que escolhessem o primeiro-ministro belga, Herman van Rompuy, para o cargo de presidente do Conselho Europeu e a Comissária Europeia para o Comércio, Catherine Ashton para Alto Representante para a política externa europeia.
O primeiro-ministro belga era já dado como favorito na corrida para a presidência e embora não tivesse feito muita campanha para a sua eleição afirmou que assume o cargo com responsabilidade. «O papel do presidente pode ser apenas um: de diálogo, de unidade e de acção», adiantou van Rompuy.
Com a desistência de Gordon Brown em fazer força para que Tony Blair assumisse o cargo de presidente do Conselho Van Rompuy teve o caminho livre. Em troca, conseguiu a nomeação de Catherine Ashton para chefe da diplomacia.
Ashton assumiu há cerca de ano e meio a pasta do Comércio no Executivo. A partir de agora irá continuar sob a chefia de Durão Barroso, uma vez que Alto-representante para a política externa da UE será também vice-presidente da Comissão.
Ouviram-se alguns comentários sobre o facto do nome de Ashton não ser o mais indicado para o cargo, uma vez que não tem experiência de diplomacia, mas o facto de ser mulher teve um grande peso na decisão, visto que havia fortes pressões para que um dos cargos criados pelo tratado fosse atribuído a uma mulher.
Herman van Rompuy e Catherine Ashton serão oficialmente designados a 1 de Dezembro, data em que entrará em vigor o Tratado de Lisboa.
Obs: Deseje-se boa sorte aos novos eurocratas, Solana não deixa boa memória na Europa. É como Barroso, serviu-se do cargo para se promover e não engradecer o projecto europeu. E nisto emparelha, lamentavelmente, com Durão barroso. Ambos tiveram uma visão mesquinha$e egocentrica da política, sempre centrada no seu umbigo.