Liderança
O sábio é independente do artifício e da prática do preceito do silêncio.
Ele faz as coisas sem o desejo de controlar.
Vive sem pensar na propriedade privada.
Dá sem desejar receber.
Porque não exige créditos acaba sempre por receber crédito.
Por isso o sábio coloca-se a si mesmo em segundo plano mas está sempre na ribalta; permanece lá fora, mas está sempre aqui.
Não será apenas porque não procura um objectivo pessoal que todos os seus objectivos pessoais são realizados?
Reflexões de Lao, mas como desejaria ter sido autor delas. Paciência. Mas o que aqui evocamos, especialmente agora que vivemos um hiper-contexto eleitoral, com as tensões do tempo e dos homens, é que hoje um governante bom é aquele que beneficia milhares de pessoas ao mesmo tempo e fica satisfeito por estar em lugares que os homens desdenham. Um pouco como a bondade da água, deve-se ao facto de beneficiar milhares de pessoas ao mesmo tempo. As cidades de Portugal precisam de lideranças deste calibre a gerir os seus municípios. A alternativa a isto é continuar-se a ser deputado a quem já ninguém liga... Neste quadro (eléctrico) antecipo já aquilo que julgo ser uma certeza pós-eleitoral: não seria melhor perguntar já a António Mexia se, por acaso, não haverá lá pela EDP mais um lugar de consultor...
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