segunda-feira

"Moura Guedes é um exemplo de péssimo jornalismo"

José Alberto Carvalho director de Informação da RTP, responde às declarações da pivô do 'Jornal Nacional 6.ª Feira' dadas ao jornal 'i', em que acusa Sócrates de ter proibido usar-se a palavra 'corrupto' na entrevista à estação pública.
José Alberto Carvallho, director de Informação da RTP, contactado pelo DN, reagiu à entrevista de Manuela Moura Guedes ao jornal i, em que a pivô do Jornal Nacional 6.ª Feira acusa Judite de Sousa e o próprio José Alberto Carvalho de terem sido impedidos pelo primeiro-ministro José Sóctares de dizerem a palavra "corrupto" durante a entrevista, feita a 22 de Abril.
"Eu não sei como, ou se, essa senhora negoceia as suas entrevistas, mas ela é que tem de explicar como chegou a essa conclusão. O que eu sei é que nunca na minha vida fui alvo de um comunicado como o da ERC ao meu trabalho. E o que eu sei também é que ela foi condenada de forma muito violenta pelo conselho deontológico", afirmou ao DN José Alberto Carvalho que acrescentou: "Eu não sou da mesma geração dela, nem me revejo na mesma profissão que ela exerce. Moura Guedes é um exemplo de péssimo jornalismo, se é que se pode chamar jornalismo ao que ela faz."
Na entrevista do i a Manuela Moura Guedes, é perguntado se a RTP está governamentalizada, ao que a pivô afirma: "É tutelada pelo Governo". A isto José Alberto Carvalho reage: "Não sei como era a RTP no tempo dela, mas sei como é agora. Nós provamos a nossa isenção dia a dia."
Está a RTP, ou o próprio José Alberto Carvalho, a pensar agir judicialmente contra Manuela Moura Guedes? "Não perdemos tempo com palhaçadas. Nem quero estar a alimentar mais isto", respondeu ainda o director de informação da estação pública de televisão.
O DN contactou ainda Judite de Sousa, também visada na mesma entrevista, mas a jornalista e directora-adjunta da RTP não quis comentar as declarações de Manuela Moura Guedes.
O DN tentou ainda falar com Manuela Moura Guedes para fazer a pergunta: Como sabe que a palavra 'corrupto' estava proibida na entrevista da RTP a José Sócrates? Mas até ao fecho desta edição a pivô do Jornal Nacional 6.ª Feira e directora adjunta da TVI não atendeu os telefonemas nem respondeu à SMS enviada.
Obs:
Já há muito se percebeu que a dona Guedes está onde está por causa da posição funcional que o marido ocupa na empresa de Queluz. A tal que foi gerida pelo ex-comunista Pina Moura formado na escolha do Cunhal.
O País precisa de exemplos de mérito e são as próprias empresas privadas que nos servem diáriamente toneladas de maus exemplos que podem ser designados pela moderna teoria da Gestão como casos de cunhocracia, pequeno nepotismo e categorias conexas.
Até um estudante da escola secundária fácilmente percebe que aquilo é tudo menos jornalismo, por isso José Alberto Carvalho, assim como Judite de Sousa, fizeram bem em enfatisar do que se trata: um sob-produto de duas coisas acumuladas: ódios e incompetência.
Aproveito esta circunstância, que não vale nada, a avaliar pela falta de qualidade profissional da visada, para referir que as estações de tv, públicas e privadas, não conseguiram reciclar os seus jornalistas políticos, que ou são sempre os mesmos - ou os que aparecem não têm grande bagagem cultural, política e científica para operar essa mudança que creio ser necessária no jornalismo político em Portugal.
Em certos casos, creio que se justificava integrar mais jornalistas de tv com profissionais da rádio, lembro-me do valor profissional do Paulo Baldaia da TSF, por exemplo, ou até mesmo do Miguel Sousa tavares - que teve aqui uma oportunidade d´ouro para criticar fundamentadamente o péssimo serviço que a dona Guedes tem prestado ao país quando se julga jornalista.
Mas o Sousa Tavares tem um problema, além dos inúmeros talentos que certamente tem, fica rouco em certas ocasiões, e quando assim ninguém o vê, ninguém o ouve, ninguém o sente.
É nessas circunstâncias que penso logo duas coisinhas acerca do ex-repórter: ou está no deserto à procura d´água ou ficou entalado nalgum contentor do Porto de Lisboa - alí para as bandas de Alcântara.
Estas fatalidades impedem o Miguel de dizer aquilo que o país já sabe acerca acerca daquela coisa das 6feiras, ficando também o país a saber que o Miguel só revela a sua coragem, determinação e altruismo em situações muito pontuais que pouco ou nada têm a ver com a razão dos factos, a bondade dos argumentos e uma coisinha que o Miguel conhece bem: a verdade, o rigor e a imparcialidade em jornalismo.
Como nota final diria o seguinte: fez mais Marinho Pinto pelo jornalismo na qualidade de bastonário da OA - do que o Sousa tavares fez pela profissão que sempre exerceu.
Nesta medida, é de dizer que Deus escreve direito por linhas tortas, e quando Cavaco pensar em alguém a quem atribuir uma medalha de mérito no Dia 10 de Junho (dia da Raça, perdão, de Camões e das Comunidades portuguesas) pense no nome de Marinho Pinto, porque ele já fez mais pelo jornalismo do que pelos advogados (que representa), mas que tem à perna.