domingo

NATO: os vândalos antiglobalização substituem a contestação pela violência. The Voca People...

O que poderá levar os manifestantes na cimeira da NATO a actuarem desta maneira relativamente a uma organização de segurança com vocação defensiva e já num quadro extra-Guerra Fria? Protestos, contestações são forma legítimas de manifestação em democracia, outra coisa é destruição de património privado e público, incendiando hotéis, como ocorreu com o Ibis Pont de l´Europe entre Estrasburgo de Kehl, já na parte alemã. Saquear lojas, pilhar estações de serviço - com que propósito, afinal? Incendiar carros...
Em parte, a resposta está dada pelo tipo de actuações públicas criminosas dessa gente, que denuncia também o tipo de pessoas que integra alguns desses manifestantes: anarquistas, comunistas, revolucionários, verdes. No fundo, gente que aproveita estas reuniões de Chefes de Estados para afirmar a sua "causa", revelar os seus sonhos destruidores - que não passam de ataques à democracia pela via da força e do crime público. É esse o seu projecto antiglobalização: incendiar edifícios e carros, pilhar lojas e estações de serviço.
Para esses animais, não é o pensamento que precede a acção, mas a acção que atiça o pensamento. Ou seja, primeiro destroem um hotel, depois pensam nas consequências que esse acto tem. Trata-se de gente que nem deveria viver em democracia, ou melhor, não sabendo vivê-la e usufruí-la também não têm o direito de a limitar ou destruir.
Essa gente não passa duns imitadores de 3ª via dos revolucionários doutros tempos, com a agravante de agora nenhuma causa dinamizar um projecto, algo que justifique os actos de vandalismo de que são autores.
Esses actos de destruirção e de puro vandalismo demonstra bem como se comportariam estes bárbaros caso um dia dirigissem uma empresa, uma organização ou mesmo um Estado. A sua conduta reflecte bem as suas motivações pré-históricas hoje transportadas para o mundo político moderno.
Essa gente que se diz contra a globalização são, na verdade, pessoas ideológicamente velhos, decadentes, fantasmas ressurgidos de um passado de ruínas que lhes foram legadas em testamento pelo velho império soviético, e como hoje estão todos órfãos de projecto (imperial) de poder e como não basta serem eco-fundamentalistas, resta-lhes incendiar carros, edifícios e até a sua própria alma.
Quiça, na esperança de que das cinzas possam renascer menos ervas daninhas a ostentar bandeiras que mais do que serem contra a globalização são, na verdade, contra a razão, o common sense e a propriedade e os bens legítimos das pessoas.
No fundo, o que esses manifestantes bárbaros atacam por ocasião destas cimeiras, G20, Nato, OMC.., nem é tanto o liberalismo ou uma ideia de imperialismo norte-americano [já] dissolvido com Obama, mas a liberdade pura e simples, dos quais estão entre os primeiros beneficiários. Já que se deslocam para onde querem, e como querem, e não é para apresentar propostas construtivas valorizadoras do novo papel da NATO neste 1º quartel do séc. XXI.
Em rigor, esses manifestantes anarquistas, revolucionários e comunistas vivem numa permanente contradição de querer destruir aquilo de que são os principais utilizadores (liberdade e dinheiro), e não passam de quinquilharia mental que apenas visa pôr a ferro-e-fogo os locais por onde passam.
Obrigá-los a pagar os danos patrimoniais e a fazer serviço à comunidade, como lavar as latrinas públicas - seria o destino mais reintegrador e ressocializador desses novos criminosos que fazem da arruaça e do vandalismo um modus vivendi. Se é legítimo pedir à OMC e a outras instituições da globalidade, como o FMI - que produzam normas que previnam práticas de comércio internacional injusto entre nações ricas e nações pobres, também será legítimo criar normas que criminalizem este tipo de vandalismo que é recorrente nas chamadas manifestações antiglobalização, mas que são, em rigor, um biombo para se praticarem crimes contra o património.
É isso que tem ocorrido em Génova, Praga, Gottemburgo, Seattle.
Ao menos o Maio de 68, com que inúmeras vezes esta quinquelheria antiglobalização tem sido injustamente comparada, ainda era portador duma causa, dum sonho, dum ideal, duma esperança, dum projecto...
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The Voca People (The Vocal People) (Original)