Cavaco regressa ao Estatuto dos Açores. Evocação de Rafael Bordalo Pinheiro e a "Grande Porca"...
Obs: Cavaco ficou com a "espinha" atravessada na garganta (ou no cortéx), em boa parte por sua responsabilidade, v.q., a forma escolhida para colocar a questão do Estatuto dos Açores foi através dos media desafiando uma maioria parlamentar que não virou costas ao combate - e ganhou o round. Mas na essência do diferendo, o PR talvez tenha razão, uma lei ordinária não pode nem deve abanar as estacas de um órgão de soberania. Mas também não podemos omitir que Belém já está em regime de pré-eleições. Ou melhor, este regresso à "lama" só pode prenunciar que em 2009 - não terão lugar três actos eleitorais, mas quatro. Sendo este último virtual (as preparatórias para as presidenciais). Esta conversa de "bife mal passado" só confirma uma coisa: Cavaco já se está a posicionar para fazer um 2º mandato. E, mais uma vez, dá uma mãosinha à drª Ferreira para evitar que ela vá ao fundo nas legislativas. É que um PSD com 22 ou 24% dos votos é um partido fraco para eleger Cavaco no 2º mandato, por isso é natural que Cavaco regresse a este tema formal/constitucional etc e tal (que já cheira mal) - para coadjuvar a madrinha do António Preto no combate político contra Sócrates. Será caso para a Manela se perguntar: quem é amigo, quem é... O Tio Cavaco, pois claro!!! Pergunte-se a Cavaco se gosta de mexer na porcaria, ou é apenas uma nova directriz de Belém para combater a pobreza insular.
- PS: Na imagem supra Cavaco promete estabilidade, mas este regresso à lama denuncia o envenenamento puro das relações políticas em contexto eleitoral, o que mostra bem o que é a porca da política, para retomar e evocar uma criação artística de Rafael Bordal Pinheiro. Este sim, um grande artista.
RAFAEL BORDALO PINHEIRO
Desenhador, ceramista: 1846 - 1905
(..)
Cá pelo país está tudo diferente e tudo na mesma. As lutas pelo poder continuam. Os partidos sucedem-se. Ainda há algum tempo em conversa com Rafael falámos sobre isso. E que a política é como uma “grande porca”, ambos concordamos. É na política que todos mamam. E como não chega para todos, parecem bacorinhos que se empurram para ver o que consegue apanhar uma teta (...)
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