quinta-feira

Lideranças emergentes no PSD

É natural, para não dizer óbvio, que as declarações de Rui Rio acerca do enriquecimento ilícito - que Marcelo já veio dizer que estava mal informado - visam dois objectivos a curto e médio prazos na vida interna do PSD:

1. Destacar-se desta errática liderança de Ferreira leite - que além de frágil tem sido oportunista e eleitoral, e apesar das ajudas de Belém a srª Ferreira não tem conseguido descolar das sondagens;

2. Rio "mata outro coelho" (nem de propósito), ou seja, marca terreno para o pós-legislativas - quando Ferreira leite for derrotada por Sócrates no Verão - e o PSD entrar, de novo, em convulsão congressional para eleger outro presidente de partido.

De resto, Rui Rio tem sido um mediano autarca no Porto, não há bicho careta que esteja satisfeito com a sua gestão autárquica, por isso é mais do que natural que Rio tente a sua chance após as Legislativas tendo, para o efeito, que arrumar a srª Ferreira na prateleira da dispensa da Lapa, donde aliás nunca deveria ter saído; e dizer ao jovem mais idoso do PSD, Pedro Passos Coelho - que terá alí um osso duro de roer.

Os dados estão lançados no partido da "moviflôr" da Lapa - onde, consabidamente, as ruas são demasiados estreitas.

Tão estreitas que até o magrinho Nascimento Rodrigues, Provedor de Justiça (ainda) em funções, conseguiu sair.