domingo

Notas de culinária política sobre o tempo que passa

"O que é que tenho andado a fazer? A almoçar e a jantar com gente de esquerda. Santana Lopes está prestes a fechar o acordo com Paulo Portas para irem juntos em Lisboa, mas a sua grande prioridade é, a partir de agora, jogar à esquerda. Escolheu o 25 de Abril para lançar o primeiro cartaz e fazer o discurso de abertura de campanha. O simbolismo é óbvio: não tentem acantoná-lo à direita. “Não vou deixar”, avisa o candidato.
À conversa com o Expresso na sede de campanha no Príncipe Real — que em Abril passará a escritório, quando as verdadeiras sedes abrirem as portas aos lisboetas, na Fontes Pereira de Melo e em Marvila, além da sede para jovens que abrirá no noctívago bairro de Santos —, Santana rejeita a ideia de um combate entre esquerda e direita na cidade.
‘‘Escolhi o 25 de Abril porque é fundamental as pessoas perceberem que ninguém está obrigado a nada e que a liberdade de escolha é essencial’’, diz. Para esbater a ideia de frente de direita entre si e Portas, o candidato garante que o que está a negociar com o CDS “não é uma coligação, é um movimento, que só avança se integrar gente de esquerda em lugar de destaque. Senão vou sozinho”. » [Expresso assinantes] via Jumento
Obs: Santana foi, tão só o pior PM pós-25 de Abril, o pior edil da capital pós-25 de Abril, o pior chefe de banda da bancada para-lamentar do psd desde o 25 de Abril.
Creio até que foi um dos piores dirigentes desportivos que o clube de Alvalade jamais teve. Lopes sempre foi um demagogo. Nas décadas de 80 e 90 fazia comícios, incendiava plateias e arrebanhava palmarias, convenceu-se que era um político com dimensão de estadista, para concorrer com o seu rival, Durão barroso: perdeu. Talvez na Figueira-da-Foz se tenha notabilizado por causa das palmeiras e por ter levado para um meio pequeno o élan da capital. Mas também foi "sol de pouca-dura". Cedo as pessoas descobriram-lhe a careca...
Agora, depois de ter levado a autarquia de Lisboa à bancarota, nela ter gerado o caos urbanístico e de ter permitido que a corrupção se sedimentasse e multiplicasse, tem a lata de se candidatar de novo, até mesmo contra o seu próprio partido, que só depois, e sob pressão da Distrital, lá conseguiu a anuência de Leite (que é um cata-vento), que teve de fazer hara-kiri político.
Afinal, santana já não é a má moeda, como defendera Cavaco e depois secundara Ferreira leite.
A "esquerda" do Santana tem nome: incompetência política nos vários escalões da política à portuguesa: local e nacional.
Santana lopes, por todo o seu demopopulismo, revela-se o maior mágico de sempre, v.q., se pudesse seria aquele que simulteanemente se enfeitiçaria a si mesmo, de tal modo que os seus sortilégios lhe aparecessem como fenómenos estranhos e com poderes próprios.
Aliás, a política de santana para Lisboa não passa dum imenso túnel no vazio das nossas memórias a que se soma uma megalomania cujo único efeito foi obrigar o actual Executivo a pagar quase 2 milhões de euros por uma maquete estonteante à la Frank Garry, tudo para gaúdio do "menino-guerreiro".
Como diria alguém, seria preferível tirar a pilinha para fora e brincar com ela, e não andar a estafar abusivamente o dinheiro dos contribuintes.
Este idiota manchou a semana europeia com uma afirmação canalha segundo a qual as ditas câmaras de gás do seu amigo Adolfo não passaram, afinal, dum detalhe histórico. Pensava que Le penis já tinha desaparecido do mapa, surpreendi-me ao vê-lo ainda como eurodeputado. Qualquer comparação com os suínos - não deixa de ser uma ofensa para estes. Ele nem em casa deveria falar, quanto mais no PE.
Esta semana a srª Ferreira voltou a preterir o nome do constitucionalista Jorge Miranda para o cargo de Provedor de Justiça. Não sendo desadequado para o cargo, só poderá supôr-se que o veto da Manela decorre do facto de Jorge Miranda ser homem. Se assim é, estamos perante (mais) um crime de género em Portugal - digno de uma verdadeira reclamação junto do Provedor de Justiça. Resta, apenas, uma dúvida: saber se a dita queixa será apresentada em nome do actual PJ, Nascimento rodrigues ou irá já endossada em nome do prof. Jorge Miranda...

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Esta foi uma semana de pequenas vinganças políticas, para não dizer de pequenas canalhices, foi a Manuela Ferreira Leite a vingar-se do Professor Jorge Miranda e o José Eduardo Moniz a vingar-se das críticas do PS ao jornaleco de extrema-direita da sua amada esposa.
Para a líder o PSD o cargo de Provedor de Justiça deve ser um exclusivo do PSD, quando este partido tem a maioria faz uso dela para escolher um dos seus militantes, quando está na oposição o cargo deve ser entendido como um contra-poder e, em consequência, escolhido pelo PSD. Não bastou que o PS tenha escolhido alguém da sua área política e que até já militou no PSD, Jorge Miranda não foi escolhido por ela e, ainda por cima, cometeu o maior dos crimes, quando o PS o convidou não foi ao beija-mão, Manuela Ferreira Leite ainda esperou um telefonema mas o professor esqueceu-se. A verdade é que Manuela Ferreira Leite ainda não se recompôs da escolha do presidente da CGD, o seu nome foi um dos três propostos a José Sócrates mas o primeiro-ministro excluiu-a.
José Alberto Moniz, um pacóvio sofisticado que lançou a TVI com filmes pornográficos, e a sua bela esposa, uma “beldade” local que encontrou a juventude eterna num frasco de botox, ficaram ofendidos porque o PS ousou criticar a dama. Era de esperar a vingança, à falta de melhor lá foi buscar o famoso DVD que tinha guardado para alguma ocasião especial e durante dias tem feito tudo para tentar derrubar Sócrates. É de esperar que isso continue, Moniz sabe que Sócrates não o vai esquecer.
Quem não tem medo de vinganças e muito menos de criminosos é o ministro da Administração Interna que nos faz lembrar o famoso ministro da informação de Sadam, apesar dos resultados desastrosos no combate à criminalidade e de ser mais seguro ir às compras no centro de Bagdad do que ser professor em Chelas, disse ao Expresso que não sente medo quando anda na rua. Pudera, para ir do seu ministério ao Martinho da Arcada beber o seu Whisky o ministro leva sempre os seus seguranças.
Se a Manuela Moura Guedes viu no fraco do botox o elixir da sua juventude, já José Sócrates prefere ir ao saco orçamental para rejuvenescer a sua imagem eleitoral, dia sim dia não anuncia um pacote de milhões para grupos de empresários, há muito que Portugal não tinha tanto dinheiro para um primeiro-ministro andar a distribuir generosamente.