Paulo Portas, o novo Torquemata, converteu o Indy no BPN e deseja fazer de Constâncio o "seu neo-Cavaco"

Enquanto Cavaco Silva promulga (aleluía..) a lei que viabiliza a nacionalização do BPN - mostrando, por ironia da história, que é o coveiro dos seus ex-pupilos de governo (que fundaram o banco e lhe deram continuidade), Paulinho Portas (o que foi das lavouras, das pescas, da anti-Europa, da pró-Europa, da meia Europa, da Europa céptica, da Europa inteira e o mais) é o mesmo que - ao pedir a cabeça de Constâncio numa bandeja de bronze em pleno hemiciclo, converteu o seu velho Indy no BPN - sua alavanca triturante contra o governador do BdP na esperança de ser o one man show do momento e angariar uns votinhos sabujos - que todos lhe negarão.

"Maneiras" que, como diria o outro, o BPN de Portas transmutou-se uma espécie de neo-Independente que sai às 3ªfeiras) para cortar cabeças. Na década de 80/90 do séc. XX - "cortou a cabeça" a Cavaco e ao cavaquismo ( e levou com inúmeros processos em tribunal e outras tantas indemnizações), nesta 1ª década do séc. XXI - cavalga a onda da crise-BPN e quer decepar Constâncio, o seu neo-Cavaco.

Paulinho Portas é mesmo um corta-cabeças, o Torquemata do séc. XXI. Veremos o que as eleições legislativas de 2009 lhe reservam. Muito provavelmente, irão "cortar-lhe a cabeça" a ele. A vida e a história fazem-se destas ironias, como revelou a promulgação da lei por Cavaco ao nacionalizar o banco dos seus ex-pupilos.

We shall see...

Obs: Pergunte-se ao novo Torquemata, Paulo Portas (que, desta vez, assumiu o papel de Louçã) se já ouviu falar no caso Portucale...(link)

"O Banco Espírito Santo (BES) deu o pontapé de saída para a investigação do processo Portucale. Foi através do banco que o Ministério Público tomou conhecimento dos 115 depósitos em numerário (totalizando um pouco mais de um milhão de euros) efectuados por Abel Pinheiro numa conta do CDS/PP nos últimos dias de Dezembro de 2004. Uma denúncia que acabou por comprometer empresas e gestores do sector não financeiro do universo Espírito Santo que seriam, em Maio de 2005, indiciados por crimes de tráfico de influências." [...], in DN.