segunda-feira

A novela "sul-americana", perdão cabo-verdeana do BPN vista pelo "cavaquistão"

Anedota do Dia:
Rui Manchete teoriza sobre os lucros dos accionistas, esquecendo o resto: clientes/aforradores. Os accionistas é que interessam, não é sr. professor?!
Pois é... Este Manchete julga que está a gerir os activos da Flad, não está. E que se saiba nenhum contributo deu para conhecer as ilegalidades (ou denunciá-las) que o seu banco tem vindo a cometer.
Ficava-lhe bem algum tento na língua, sobretudo pela sua idade e com as suas elevadas responsabilidades no BPN, não vá (ainda) a casa cair-lhe em cima...
Aguardemos. Mas para já as suas declarações são tão estéreis quanto lamentáveis e até contraproducentes.
Faça favor de dizer o que lhe vai na alma sr. professor Cavaco e Silva. Tenha a bondade!!
Já agora, pergunte-se ao PR se também é cliente da casa ou se só olha a confraria - de que é inspirador, de fora para dentro.
Com sorte, ainda teremos mais uma daquelas intervenções à 31 de Julho - ao estilo do Estatuto dos Açores... Desta vez para desancar nos seus pupilos que andam armados em banqueiros. Zangam-se as comadres, descobrem-se as...
Onde é que se escondeu o maroto do Oliveira e Costa???? Sempre a fugir aos media, este homem!!
Afinal, o que teme?
Embora agora o silêncio seja d' ouro, convém mais estar calado. Há silêncios ensurdecedores, como diria o Miguel Torga, lá no outro lado das Serras. Torga que o "poeta" (sem ofensa aos poetas...) e mui modesto advogado de Coimbra Dias Loureiro, outro cavaquista que esteve à frente dos destinos do BPN - tanto aprecia.
Já agora, alguém viu por aí Dias Loureiro.
Quem já viu Dias Loureiro cantar o fado e fazer poesia conclui que este ex-cavaquista é um homem dos sete ofícios. Neste momento deve estar a fazer poesia, outros chamam-lhe engenharia financeira. E outros ainda falam em contabilidades criativas. Aguardemos pela habitual inércia de "dona Constança", o enfanhodo Vitor Constâncio - "a vaquinha" sagrada do BdP.

Confesso que gosto de Paulo Rangel, é um homem sólido, estruturado e inteligente, embora ao serviço duma causa perdida e com uma equipa que não o levará a lado nenhum. Mas enquanto ele não entende isso vai fabricando umas expressões giras que só enriquecem o nosso léxico, e que contrastam com a pobreza gramatical e de cultura geral demonstrada pela srª Manuela Ferreira leite. "Claustrofobia democrática" - foi uma dessas expressões de Rangel proferida por ocasião do 25 de Abril, o que revela também o ADN do líder para-lamentar do psd.

Agora, a reportar do Alentejo, na abertura das jornadas parlamentares do PSD, em Évora, Paulo Rangel acusou o Governo do PS de apostar numa "cultura do facilitismo, da não verdade, do trabalhar para as estatísticas" que atirou as escolas públicas para "os lugares finais dos 'rankings' das escolas".

Noutra passagem, Rangel diz que este Governo desenvolve um novo capitalismo de Estado (outra expressão gira...) - no quadro da nacionalização do BPN - o que, no entender de Rangel, diminui a qualidade da nossa democracia.

De caminho, pergunte-se a Rangel se tem noção do empobrecimento técnico, cultural e político que hoje representa a srª Ferreira leite no psd e no país...

Posto isto, quero crer que Rangel fala assim porque não é cliente do BPN, se fosse talvez se congratulasse com a decisão do Governo que talvez até devesse ter ocorrido há mais tempo. Rangel é um lírico.

Por último, e que me lembre, esta deve ser a única cegada do PSD, com reminiscências ao cavaquismo, que não envolve o "parte-cabeças" do Santana Lopes. Desta vez ele está de fora, so far...

Veremos se amanhã, não aparece nenhum administrador zangado a dizer que Lopes também...

Que maldade. Volvidos 20 anos do cavaquismo é que começam a ser conhecidos os seus podres.

Pergunte-se a Cavaco quando é que ele pensa exercer o seu próximo direito de veto...