segunda-feira

Ferreira Leite - a mal-disposta da República. Todos diferentes, todos iguais. Mais uns são mais "pretos" do que outros...

Quando aqui dizemos repetidamente que a vocação de Ferreira Leite para a política é semelhante à de Dias Loureiro e Oliveira e Costa para gerir lagares de azeite, não é por alguma imbirração particular contra a srª leite. Mas é que cada vez que a srª fala só diz coisas que saem fora do molde, para evocar Umberto Eco, e arranja equívocos em cada esquina. Desta vez, e na sequência da sua "mui brilhante" "entre-vista(s)" - meteu-se com os imigrantes cabo-verdeanos e ucranianos, que são pessoas com imensos hábitos de trabalho e que descontam para a segurança social do país, pagando os seus impostos a tempo e horas. Coisa que muitos tugas e empresários não fazem...
É óbvio que se existem estradas e pontes - tal, em boa parte, se fica a dever a essa massa de imigrantes que demandam Portugal para aqui refazerem as suas vidas, beneficiando, de caminho, a taxa de natalidade nacional - cuja população está a envelhecer a olhos vistos por toda a Europa. Portanto, também aqui - no plano da taxa de natalidade - a srª leite não conseguiu vislumbrar uma vantagem nesses desgraçados - que só conseguem emprego porque ainda há pontes e estradas para construir em Portugal. Lamentável, as usual ..
É óbvio que a srª Ferreira leite se está a marimbar para as pontes e estradas, pois ela não tem carta de condução, não conduz e anda quase sempre a pé, sobretudo quando se desoca ao mercado, mas ela tem de compreender que existem pessoas que têm que andar de carro, para eliminar grandes distâncias e ganhar a vida.
Depois, a srª Leite anda enganada, pois se ela fizesse um esforço por conhecer como está o mercado de trabalho na Ucrânia chegaria à conclusão que os salários já são equiparados a Portugal, em especial ao nível da construção civil, o tal que envolve pontes e estradas - que a srª Leite despreza por não precisar de andar de carro. Há até mesmo quem diga que ela foi ao congresso de Guimarães a pé, via Fátima. Acresce que o número de ucranianos legalizados em Portugal diminuiu, por isso já não serão eles os operários que irão construir o aeroporto internacional de Lisboa nem o TGV.
Além do mais, a srª Leite, naquele seu registo mal-disposto e povoado de biqueiradas na gramática, lança um estigma sobre todos os imigrantes em Portugal, metendo-os no caixote-do-lixo das obras públicas quando, na prática, são pessoas que contribuem para o PIB nacional, para a riqueza nacional e só porque nem todos podem ser docentes frustrados, administradores de banca sem grande know-how ou líderes partidários (pouco) credíveis - tal não significa que não sejam homens e mulheres capazes - de fazer mais por Portugal do que milhares de governantas da Moviflor da Lapa que um dia de nevoeiro, animadas por um mito que começou no cavaquismo, meteram na cabecinha de que Portugal precisava delas para alguma coisa. Não precisa.
Informe-se a srª Ferreira leite duma realidade dura, nua e crua: Portugal precisa de muitos mais imigrantes, e dispensa as entrevistas absurdas da srª Leite. Entre a contribuição para o PIB e a riqueza da nação proveniente dos imigrantes dedicados e a futilidade de Ferreira leite - dispense-se esta - em nome dos superiores intereses nacionais.
PS: Amanhã lá teremos de ver, as usual, o "bombeiro"-Paulo Rangel a tentar corrigir as bujardas da Srª Leite - dizendo que, afinal, o que a dama-de-ferro da Lapa quiz dizer foi que estava a ensaiar o novo slogan multicultural para Lisboa para o Santana debitar às hostes e demais santanetes. Um slogan que poderia começar assim:
todos diferentes, todos iguais.
Banhado com a inefável idiotice do costume da srª Ferreira leite.