segunda-feira

As nacionalizações da era da globalização instantânea. O Estado passou a ser o "garanhão de serviço"

Oliveira e Costa, sentado. Hoje não se sabe do homem nem onde estará sentado. Reformou-se, está doente e..., dizem que talvez esteja em Cabo Verde a passar férias... Sugira-se a Paulo Rangel que questione Belém do seu paradeiro.

No 25 de Abril o Estado, para garantir eficiência produtiva, contenção das crises e limitação da invasão do capital estrangeiro na economia nacional e melhoramento do atendimento público e potenciar a racionalidade e rentabilidade dos serviços - nacionalizava certos sectores e os seus legítimos proprietários fugiam do País, muitos deles, como António de Sommer Champalimaud - emigraram para o Brasil - e a partir daí tiveram a arte e o engenho de refazer o seu património.

Hoje, ao invés, o Estado nacionaliza e ninguém foge, todos ficam, amontoam-se para casar com o Estado, dormir com ele, ter relações com ele, engravidar dele, ter filhos dele. Quem diz filhos, diz também sobrinhos, afilhados e o mais...

Perante tanto desejo de relação com o Estado até dá vontade de dizer que o Estado é, hoje, "o garanhão de serviço" pronto a engravidar qualquer empresa ou sector que esteja em risco de falência.

E o mais curioso é que dantes o Estado comportava-se assim nos chamados países do 3º Mundo. Hoje até nos EUA os republicaanos reclamam que o Estado seja o paizinho da sociedade.

Agora só falta ao Estado (dentro do esquema da separação de poderes que molda e confere eficácia jurídica ao nosso sistema constitucional) nacionalizar o O2 que ainda respiramos e, já agora, se fizer favor, responsabilizar os gestores que provocaram danos no montante de 700 milhões de euros e responsabilizá-los (criminalmente) por essa gestão danosa.

Ou será que o Estado só se preocupa com brokers como Pedro Caldeira?! Quem hoje se lembra de Pedro Caldeira...