Mário Nogueira tem um sonho: passar à história como o algoz da 5 de Outubro
Mário Nogueira será biografado na história do sindicalismo português como o algoz da 5 de Outubro. Explicito: ele julga que terá direito a págs. escritas sobre o seu valente papel na história e evolução do movimento sindical português, mas desconfio que terá apenas umas notas de pé-de-página escritas a vermelho por se ter tornado num radical que pede a cabeça da ministra a cada minuto e, ao mesmo tempo, um candidato primário ao cadeirão de S. Bento. Porventura, não ocorrerá a esta luminária formatada na escola comunista que existirão centenas, milhares de profes que desejam ser avaliados para, como seriedade e rigor, poderem progredir na carreira!? Se assim é, e tenho conhecimento de alguns casos, e não é necessário andar nas manifs do costume que só causam calos e injectam preguiça na mente que tritura neurónios, a intransigência do sr. Nugueira - ao inviabilizar essa avaliação possível por parte da 5 de Outubro, nesta fase do campeonato, em lugar de ser parte da solução acaba por ser parte do problema. Por isso, este sindicalista de obediência comunista afigura-se mais como o algoz do processo do que o sacristão da missa que quer ver o rebanho em harmonia no átrio da Igreja aos domingos de manhã. Alguns, muitos dos profes que se esmeram no seu dia-a-dia por dar o seu melhor, por sistematizar a matéria, por a transmitir com método e de forma estimulante aos alunos, desejam ser avaliados pelo seu justo mérito. E muitos desses profes, para informação ao sindicalista comunista (ou comunista sindicalista!!) até defendem a possibilidade de enviar o seu processo para o ministério da 5 de Outubro a fim de solicitar aí um inspector que possa proceder a essa inspecção/avaliação evitando penalizar mais os profes - seja nas suas legítimas progressões de carreira, seja nas respectivas remunerações a que têm direito. Sei que muitos profes pensam assim, mas pelo caminho têm o barril de pólvora, um rastilho com tripé chamado Mário Nogueira-Carvalho-da-Silva-Jerónimo-de-Sousa que impede aproveitar o que resta de melhor que o modelo de avaliação tem para dar aos profes, aos alunos e ao sistema educativo em Portugal. Relembro aqui ao algoz de serviço do PCP que há uns anos o Cunhal tinha o disco riscado, e nele dizia que era necessário acabar com os Champallimaud deste país. Enganou-se, Cunhal e o seu projecto ideológico revelou-se o maior fracasso do séc.XX e a história, essa Mãe de muitas verdades, encarregou-se, irónicamente, de ditar as regras do jogo. Um jogo em que os alegados algozes acabam nas mãos das vítimas que eles desejariam ardentemente eliminar. A história, felizmente, está repleta destas contradições. A pergunta que ora se impõe é saber o que Jerónimo e carvalho da silva prometeram a Nogueira?! Ou seja, o que faz correr Nogueira, esse andarilho, não é, seguramente, só cortar a cabeça da ministra da Educação...
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