E tudo é vaidade e vento que passa
Que proveito tira o homem de todo o trabalho com que se afadiga debaixo do sol?
Uma geração passa, outras lhe sucede:
- mas a terra subsiste sempre.
- o sol nasce e põe-se e apressa-se a voltar ao seu lugar, donde volta a nascer.
O vento vai em direcção ao sul, depois declina para o norte; gira, torna a girar continuamente e recomeça as suas idas e vindas.
Todos os rios entram no mar,
e o mar não transborda. Vão desaguar no lugar donde saíram,
para tornarem a correr.
Todas as coisas se afadigam,
mais do que se pode dizer. A vista
não se farta de ver, nem o ouvido se cansa de ouvir.
O que foi ainda será; o que foi feito
far-se-á: não há nada de novo debaixo do sol.
Ninguém pode dizer: "Eis, aqui está uma coisa nova", porque ela já existia nos tempos passados.
Não há memória das coisas antigas; e também não haverá memória das coisas que hão-de suceder depois de nós, entre
aqueles que viverão mais tarde.
No fundo tudo é vaidade e vento que passa.
Reconhecer esta verdade absoluta é, afinal, integra os três pressupostos da doutrina do Eclesiastes - pouco citada e mais raramente praticada:
1. A vaidade das coisas humanas
2. A imperfeição da ciência humana
3. Moderação nos desejos e ambições
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