Paulo Rangel - Presidente da Comissão Liquidatária dos restos do PSD
É notório que Paulo Rangel, o novel presidente do Grupo Parlamentar do PSD, é um homem estruturado, culto (técnica e políticamente - indo ao detalhe quando todos se fixam em generalidades) e muito ágil na dialéctica que usa para desarmar o adversário numa qualquer compita política, dentro ou fora do hemiciclo. Trata-se, pois, de um homem tão inteligente quanto subversivo na forma arguta como argumenta - levando o seu interlocutor a perder o tino. É advogado e docente - o que ajuda nessa arte da representação política, e hoje vimo-lo no Parlamento secundar as críticas pouco fundadas da Srª sua líder - para, assim, convencer o Governo em funções dos seus erros ao escolher uma política de investimentos em obras públicas para dinamizar a economia nacional - ante o marasmo em que se encontra. Daqui julgo ter percebido três coisas no pensamento de Paulo Rangel, essa mente que brilha: 1. Que Paulo Rangel é um anti-Keynesiano, esperando nós que ele indique à Nação quem são os empresários dispostos a fazer essa dinamização económica nacional para gerar riqueza, distribuí-la pelos 10 milhões de tugas e modernizar o País; 2. Não se percebe bem se ele se refere à actual ministra da Educação - ou à congénere ao tempo de Cavaco, hoje sua líder; 3. E que, ao dizer o que diz no púlpito da AR - ele não se deve dar conta que está a liquidar os restos que ficaram do barrosismo em matéria de política de Obras públicas. Como Rangel não será capaz de convencer Belmiro, Amorim, Ricardo salgado, A. dos Santos ou qualquer outro magnate do capital nacional a investir cá dentro e a ajudar o Estado nesse papel de dinamização e de crescimento económico gerador de riqueza -, nem nos convence que a drª Ferreira leite foi melhor ministra da Educação do que a actual titular da pasta, Lurdes Rodrigues, somos forçados a concluir, a ajuizar pelas suas palavras no hemiciclo, que a missão de Rangel não foi a de ajudar Ferreira Leite a conquistar o cadeirão de S. Bento, mas a de Presidir à Comissão Liquidatária dos restos do barrosismo que em matéria de TGV e de aeroporto - até tinha uma ambição - por ventura irrealista - superior aquela que Sócrates deposita na concretização dessa política de investimentos de obras públicas. É este rapaz tão inteligente, tão culto, tão ágil (mentalmente, falando) para subir ao púlpito do hemiciclo, abrir a boca e dar meia dúzia de tiros nos pés. Já agora, onde estava Paulo Rangel quando Durão Barroso fazia o mapa do TGV? E, por extensão, onde estava no 25 de Abril...
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