quinta-feira

Sócrates em entrevista

Confesso que, apesar das adversidades várias que de fora para dentro nos paralisam a acção e o crescimento, apreciei ver a determinação com que Sócrates encarava os problemas e para eles propunha aquelas receitas clássicas (neokeinesyanas) para os combater. Enquanto Sócrates partilhava essa determinação e ânimo a srª Ferreira leite dizia na véspera que o País não tem dinheiro para nada, salvo para ir ao cabelereiro...
Por outro lado, o PM anunciava um pacote fiscal para aliviar as famílias, a drª leite mandava o deputado Jorge Costa ao Prós & Contras contradizer os projectos do Governo Barroso (que integrou) e que hoje Sócrates tenta executar, mormente em matéria de política de redes europeias de transportes (TGV e aeroporto internacional de Lisboa).
Sócrates anunciava descidas no IMI ( e eu aplaudo!!!), mexer no IRS e baixar o IVA em 1% - é curto, mas melhor do que nada. E "nada" é igual a Ferreira Leite.
Outra ideia tão interessante quanto justa é a de procurar levar a cabo um imposto Robin dos Bosques a incidir sobre os lucros das empresas petrolíferas, ao mesmo tempo que a drª Leite não propõe nada neste capítulo, até porque ela só anda a pé. E em matéria de Economia, a sua, poderia fazer um esforço em actualizar-se. Esperemos é que não o faça lendo o manual do Pedro Soares Martinez, senão ainda promete mais desgraças à Nação.
Ou seja, vamos ter tempos difíceis e mais uma desgraça política: aqueles manifestar-se-ão através de um fraco crescimento da economia, baixo consumo, manutenção dos níveis do desemprego; a desgraça tem nome - Ferreira Leite - a mensageira da catástrofe.
Não obstante as sérias adversidades conjunturais e estruturais, que decorrem de factores exógenos (alta do petróleo, crise do subprime, crise dos alimentos e crise financeira, além dos efeitos multiplicados daquilo que se denominou por globalização predatória - com as deslocalizações das multinacionais por toda a parte a agravar a estabilidade social na Europa) Sócrates vai-se aguentando, não cedendo a demagogias nem a populismos (típicos do BE e do CDS), liderando a equipa a que preside, captando algum Investimento Directo Estrangeiro/IDE de qualidade (áreas da informática, sector automóvel, petroquímicas, barragens e energias renováveis) - dando aos portugueses um exemplo de determinação que não definha ao primeiro obstáculo.
Ao invés, a drª Ferreira leite - que integrou o Governo Barroso que foi o maior defensor da políticas de obras públicas, designadamente ao nível do aeroporto internacional de Lisboa e do TGV (com um calendário para 4 linhas acordado com o Governo espanhol) - vem agora, com aquela "cara-de-pau", defensor o exacto contrário daquilo que subscreveu enquanto ministra das Finanças de Barroso - que depois fez a fuga para o exílio dourado em Bruxelas deixando Portugal entregue a Santana Lopes, o canastrão da política lusa que hoje, por maioria de razão, continua a andar por aí...
Numa palavra: Ferreira leite é trapalhona e pouco séria. A sua honestidade intelectual na esfera política faz lembrar a do douto Marcelo Rebeleo de Sousa ao atribuir a nota de 16 val. a Marques Mendes quando tudo corria mal ao ex-líder do psd e se imiscuía diáriamente na gestão que o então-edil da capital, o prof. Carmona Rodrigues, fazia.
Mas a vida é assim mesmo: uns fazem e tentam fazer algo pelo rectângulo, mesmo quando os mafiosos dos traders que inflacionam o preço do petróleo no negócio de futuros nos submergem numa carestia de vida sem precedentes; outros, apresentam-se na caixa negra após uma ida à Isabel Queiróz do Vale (cabeleireiros, ao Imavis) como os novos-velhos mensageiros da desgraça. E é precisamente essa a imagem que espelha a srª drª Ferreira Leite cada vez que aparece metendo medo ao susto, contribuindo até para afogentar algum IDE em vias de se fixar em Portugal.
Resultado de toda esta novela negra que Portugal (e a Europa) atravessam:
- Aos que tentam dinamizar a economia e revitalizar o consumo mediante uma política necessária de investimentos públicos - o povo - mais cedo ou mais tarde - irá acabar por apoiar tais políticas públicas;
- Aos que só abrem a boca para profetizar a desgraça permanente, como se vivessem da parasitação duma crise contínua (ou continuada), acabarão por sofrer os efeitos que os reis ditavam aos seus mensageiros quando estes eram portadores das más notícias.
Matavam-nos depois de saber ao que vinham. Assim, evocavam sempre o pretexto - junto do outro rei que enviou o mensageiro - de que desconheciam o teor da mensagem.
Será isto que o futuro-próximo reservará à srª drª Ferreira leite, ainda que assistamos às tristes e pouco sérias missas de Domingo atribuírem à defunta do barrosismo outro 16. Assim MMendes não ficará com ciúmes...
Será caso para dizier: quem sabe faz; quem não sabe ensina. Por isso é que o douto Marcelo foi sempre um mau político e a drª Ferreira leite nem para ajudante de Teixeira dos Santos servia.
Já agora, pergunte-se ao dr. Paulo Macedo - ex-DGI - o que pensa dessa pobreza franciscana e catastrofista chamada Ferreira leite!!!.
Até um E.T. - caso aterrasse hoje algum em Portugal - perceberia que neste momento não há alternativa a Sócrates na condução de Portugal.
Sejamos nós de direita, de esquerda ou do centro...
PS: Quanto ao jornalista José Alberto Carvalho - que revelou não perceber o que são investimentos privados (apesar de repetir aquele palavrão de economês - análise custo/benefício) um pouquinho menos de ignorância em teoria geral de economia - seria apreciável. Para ele até o manual do Martinez está actualizado...
Depois queixam-se que o PM se tenha licenciado numa universidade privada pouco cotada no mercado mas saiba das matérias, ao invés daqueles que, como o jornalista Alberto carvalho, se formara na Universidade Nova em Comunicação Social e revelem ser um broncos em questões de enquadramento económico.
É a jornalistas como estes que até dá vontade de mandar ir estudar para a UnI.