quinta-feira

A RTP - via Mário Jardel - converteu-se num Centro de Terapia para Futebolistas e Políticos em fim de carreira...

Mário Jardel, como é "notório" na imagem, está em boa forma psicológica, a física não sabemos, ou é o contrário... Foi um grande jogador e marcou muitos golos, depois foi emprateleirado e foi jogar para o banco dos suplentes. Mas como não tinha feitio para estar no banco, quando estava fora das 4 linhas snifava "pó-de-talco" ou coisa parecida, desconhecemos se também injectava, o que é irrelevante para o caso. Hoje foi à RTP fazer terapia no divã do psicanalista e agradecer aos amigos e reconhecer que, no mundo da bola, não houve ninguém que o apoiasse na fase difícil que meteu drogas duras, mulheres da vida (porventura, empresárias) e alcóol.
Que novidade!!!
Fora do futebol é o mesmo. A RTP, como boa samaritana, e a pensar nos telespectadores da entrevista, lá convidou o jogador, fez-lhe as perguntas convenientes e ajudou a lavar a imagem e a inflacionar o seu scorzinho de telespectadores relativamente à concorrência. Este é o serviço público da RTP financiada pelos impostos dos portugueses, e, amanhã, à luz deste precedente do super-Mário, a RTP também se obrigará a entrevistar aqueles outros futebolistas que, por ficarem no banco, têm direito a tempo de antena - por razões de justiça relativa.
Agora segue a terapia política, mas com outro player em fim de época: Santana Lopes. Se naquele caso era sugerível uma ida ao psiquiatra ou, simplesmente, estar com os amigos no recato da vida familiar, neste caso - a RTP deveria indemnizar os portugueses por entrevistar aqueles que nada têm para dizer ao país, e quando tiveram só agravaram as suas condições de governabilidade da coisa pública e escavacaram a imagem interna e externa do Portugal contemporâneo.
No fundo, parece que somos todos estúpidos, grandes estúpidos, desde logo a direcção da RTP, pois parece que não aprendem nada com o passado.
Numa palavra, vivemos o síndrome de Mário Jardel: queremos todos terapias na TV pública que, por ser financiada pelo Estado, i.é, por todos nós, tem o direiro de afirmar que se trata de serviço público.
E que serviço público (!!!): primeiro Jardel, em fim de carreira; depois Santana, na carreira-do-fim e em luta pela sobrevivência como um "leão" que já não consegue patrolhar o território e assegurar a prol em defesa das investidas do exterior por parte de leões mais novos. Se não é assim invertam-se os termos, porque o resultado é o mesmo...
Até dá vontade de dizer uma asneira a terminar em "X". Porra, também pago impostos, faço parte do Estado.