sexta-feira

Quando a Terra se levanta... O incidente aéreo de Penamacor

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Piloto nunca desceu abaixo do limite de segurança Relatório preliminar sobre incidente em Penamacor diz que segurança não esteve em causa. Os danos limitam-se a dois coelhos mortos.
Luísa Meireles 13:36 Sexta-feira, 18 de Jan de 2008 No decurso de uma manobra complexa um "F-16" atingiu a velocidade transónica A investigação sumária da Força Aérea sobre o exercício de 16 caças "F-16" sobre a localidade de Penamacor, na noite de quarta-feira, concluiu que a aeronave envolvida nunca desceu abaixo do limite de segurança naquela área, que é de cinco mil pés.
O porta-voz do ramo, tenente-coronel António Seabra, explicou ao Expresso que o piloto, equipado com visão nocturna, no decurso de uma manobra complexa de simulação de largada de armamento a média altitude, atingiu "inadvertidamente e por um espaço de tempo muito curto" a velocidade transónica, ao efectuar uma picada dos 12 para 8 mil pés. A velocidade transónica considera-se entre 0,8 e 1.2 Mach, sendo que Mach 1 corresponde à velocidade do som (340 metros por segundo).
Foi este facto que causou a propagação de ondas sonoras com efeito repetitivo, semelhante ao som de várias explosões em sequência, e que assustou a população.
[...]
A Força Aérea também já dispõe do relatório preliminar sobre os danos que, nos seus termos, consistem na "eventual morte de dois coelhos em Benquerença, uma localidade dois quilómetros a norte", mas sem ter sido podido estabelecer o nexo causal, bem como "uma fenda numa residência isolada com eventual quebra de um vidro".
Segundo o porta-voz, a Força Aérea "assumirá a responsabilidade que tiver de assumir".
Do ponto de vista interno, será feita uma avaliação da situação operacional que, também eventualmente, poderá dar lugar a algum procedimento disciplinar. [...]
Obs: Se fosse em África os F16 teriam morto elefantes, búfalos e leões, como foi cá foram apenas 2 coelhos. Que miséria!!! Em todo o caso, e com os meus parcos conhecimento de termodinâmica, diria que ao não verificar-se a violação de altitude de navegação daqueles aviões foi a Terra que levantou os pés do chão e foi ao encontro dos aviões, contagiada que foi com aquela deslocação resultante da velocidade do som. Seria bom que as mesmas lei do contágio físico se aplicassem - doravante - ao crescimento da economia e à produção e redistribuição de riqueza nacional. Quanto aos pilotos que supostamente prevaricaram basta um puxão de orelhas em público dado pelo ex-Comandante Supremo Gen. Ramalho Eanes e a restituição (não em espécie) mas em farelos ao habitat onde aqueles dois cioelhos, coitados, perderam a vida.