segunda-feira

As jornadas "para-lamentares" de Santana. O seu método (cenoura) de fazer política

Mesmo que quiséssemos ser simpáticos para Santana, uma vez por trimestre, não encontramos razões na cidade que o justifiquem. Vejamos os factos para depois concluir com seriedade: na tsf ouço que amanhã e depois se realizará as Jornadas parlamentares do psd no Algarve. So far, so good. Mas logo vem Santana à antena para dizer meia dúzia de banalidades que o diminuem à partida: estas jornadas não servem para fazer "desabafos", e vou convidar (pasme-se!!!), prossegue Santana - do alto do seu elaborado raciocínio, o dr. Bagão Felix e a drª Manuela Ferreira Leite para ajudar nas jornadas e preparar o futuro.
Certamente que Bagão é um político experiente e técnico qualificado, Ferreira leite, menos, mas continua a ter influência no partido, mas nenhum deles representam sangue novo, ideias inovadores para o partido e para o País, são, pois, um dejá-Vous, agentes gastos políticamente.
Com isto o actual psd demonstra uma outra coisa tão lamentável quanto incapacitante: não consegue encontrar sangue novo e impulso reformista e modernizador - dentro e fora do partido - que integre o aparelho e possa valorizar a suposta "estratégia" da dupla de lego político que assaltou a Lapa: Pedro e Meneses.
Que me desculpem aquelas pessoas simpáticas que conheço que "adoram" Santana, mas eu adoro mais a Verdade, e isto tem que se dizer, sem facciosismo nem sectarismo. E mais: quando santana diz que também vai convidar o dr. Vitor Bento, economista respeitado e presidente da SIBS - para as tais jornadas, porque um dia ainda será chamado à governação, a ideia que fica é que Santana, a um milhão de anos luz de assumir o governo (assumir o governo!!!), faz os seus convites para as jornadas parlamentares prometendo aos convidados cenouras-políticas, ainda que implícitamente, com uma total desfaçatez. Até para os convidados, que assim se podem sentir "comprados" e manietados.
Como se os lugares do Estado estivessem na agenda de um lamentável líder da oposição, que por o ser, e supor que irá conquistar o poder e o aparelho de Estado, se permite, antecipadamente, prometer lugares de governo aos seus convidados nas ditas jornadas, as tais que não são para "desabafar".
Se calhar é também por causa desta forma e método de fazer política que, hoje, as pessoas de valor, nos vários escalões da sociedade, se afastaram deste miserável psd: um partido-cato.
E o mais curioso, porque paradoxal, é que quem mais trabalha para destruir o psd não são os militantes do PS ou doutro partido da oposição, são os próprios responsáveis políticos que actualmente comandam aquela nave de loucos que mete água por todos os lados. Agora, rumam em direcção ao Sul...
Com sorte ainda vêem de lá todos bronzeados, talvez isso traga um novo élan ao pensamento que falta para fazer oposição em Portugal.