quinta-feira

O passadismo de Santana Lopes: um caso clínico para divã de psicanalista

Santana tem a lata de saltar para o púlpito do hemiciclo e bramar as razõesitas que, segundo ele, o levaram a perder o poder. Em 2007 fala de 2005. Por este andar, em 2005 Santana falava do tempo feliz em que tinha o Sporting por sua conta; depois a Figueira, de seguida Lisboa, depois mais um flasback selado com o aperto de mão a Sá Carneiro nesta regressão da história. Enfim, um recuo dos recuos, embora o dito pretenda avançar às arrecuas.
Nesta lógica de equacionar o tempo político, não me admiraria que amanhã Santana, a fim de potenciar o jogo parlamentar, pudesse afirmar que quem mandou meter a bomba no Cessna em que viajava o PM e o Ministro da Defesa (Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa) "o fez a mando de Sócrates." - a quem, de resto Lopes lançou uma campanha canalha em 2005, sobretudo com o caso Freeport de Alcochete... A memória é curta!!!
É óbvio que isto é um exagero, uma caricatura da realidade. Mas se não recorrermos a este expediente como compreenderemos o caso clínico em que há muito Santana se transformara.