terça-feira

Big day: reencontro de Santana com o caixote do lixo da história à propos do OGE/2008

Hoje é mais um grande dia no calendário político do País. Vejamos: o PM, Sócrates, tentará apresentar, explicar e justificar o seu OGE para 2008. E aí, por certo, dirá que se trata de um orçamento mais social, mais tecnológico, mais desenvolvimentista e com maior sensibilidade social. Portanto, um orçamento mais competitivo para a nação - capaz de conter o défice, respeitar os ditâmes de Bruxelas e de manifestar fé de que a economia crescerá do que na realidade cresce. talvez por isso as suas previsões nunca batem certo com as previsões que o FMI faz. Mas faz parte da vida: nós sempre tivémos mais confiança em nós próprios do que os outros. Ao invés, os outros (como o FMI) concedem-nos sempre menos confiança, daí a decalage dos números em termos de PIB e de crescimento ao ano.
Com ele Socas leva ao colo o sucesso de uma presidência portuguesa da UE plena de brilho e esse simbolismo europeu tenderá a esmagar aquele "elefante branco" (também conhecido pelo "canastrão da política lusa") que, volvidos 3 anos de andar por aí, reclama agora o papel de chefe da oposição e futuro candidato a candidato a candidato a candidato a candidato a candidato a candidato a candidato a PM - uma vez cilindrado Meneses.
A ponto de Meneses ter incumbido o seu actual Secretário-Geral, Ribau, a dizer que também quer ser líder da oposição, e que amanhã, para emparedar Santana e limitar-lhe as ambições, poderá concorrer a um lugar cimeiro no psd para assim safar a pele ao seu patrono Luís Filipe Meneses ante a gula política de Lopes...
Veremos no que se saldarão as prestações de santana na casa da democracia, que agora pretende aparecer com um homem mais maduro, de voz temperada, pausada, dotado de raciocínio lógico e rápido como a lebre. Mas, na prática, Santana arrasta-se com um verdadeiro elefante numa loja de porcelanas, pois a memória que deixou da sua tomada de posse no Palácio da Ajuda, a forma como tentou disciplinar os seus pseudo-ministros, a forma como desenhou e implementou políticas públicas foi, verdadeiamente, uma lástima de que muitos de nós não se esquecerão tão cedo. Nem da fuga do maoista Zé barroso para Bruxelas que precipitou toda essa sinistralidade política.
Hoje parece que o "menino guerreiro", com espadas de plástico da loja dos 300, voltará ao País pela mão do Parlamento. Resta saber que papel trás na manga: se o do personagem que desejaria ser pivot de um programa sexy, se o do presidente do Sporting, se o do autarca Dom Juan da Figueira da Foz, se na figura do consultor da EDP para curto-cicuitar os fusíveis do País ou ainda no papel de Casanova de S. Bento líder de alguma facção de santanetes entretanto migrada para as galerias da AR.
Ou ainda, no papel de herdeiro vitalício do capital simbólico de Sá Carneiro e da sua fórmula tão enjoativa quanto execrável quando diz: "PPD/PSD..." SE o país não estiver a dormir nenhum crédito deverá dar a este cromo da política lusa.
Muita sorte tem ele em a dona Zita seabra, sua amiga do peito do lado esquerdo, lhe continuar a editar aquelas mestelas a que o autor chama livro.
Ou me engano muito, ou nos próximos meses veremos Santana fazer um exercício político que se tornará recorrente: tentar tirar a mala da cabeça...