quinta-feira

Ela, afinal (também) chora... O caso Maddy

Afinal, ela chora...
Do lado da investigação só existem hipóteses, pistas, pistinhas, dúvidas, suspeitas e incertezas. Os indícios são fracos e pouco consistentes. Pelo meio existem algumas baixas: demissões e alguns desatinos... Coisas da PJ.
Do lado dos pais da menina desaparecida só existem convicções e quase-certezas de que a menina foi raptada e está viva, em casa de alguém. E na deles não é... E existe também muito dinheiro para pagar principescamente a advogados que recebem directamente os seus honorários dos donativos de privados.
Do lado dos media existe, diáriamente, uma gula pela fabricagem de notícias sobre notícias, pois é assim que fazem dinheiro, e quanto mais "sangue" nas reportagens melhor, mais jornalada se vende para alimentar os corações desavindos das imensas opiniões públicas que se alimentam dessa psicose global e desse jogo sombrio do gato e do rato.

Do lado de Maddy, infelizmente não há nenhum porta-vox à altura dela - que merecia tudo e parece não ter nada. Também aqui a vida é tremendamente injusta para com os mais novos, mais fracos e mais indefesos e vulneráveis - o que aumenta o sentimento de revolta, de impunidade e de impotência por sabermos que temos de punir alguém mas cujo paradeiro desconhecemos.

Já começo a desconfiar que isto resultou duma aposta entre deuses menores só para medir a fé que temos no Deus maior. O problema é que há por aí muita gente que além de não crer em apostas também não é crente em nenhuma espécie ou modalidade de Deus. E este parece que também não manda ou "risca" na PJ.

Resultado: vegetamos na dúvida. E neste caso a dúvida mata.