quarta-feira

António Costa foi à China em busca de futuro

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A visita ocorre no âmbito da assembleia-geral da União das Cidades Capitais Língua Oficial Portuguesa, sendo que o edil lisboeta vai aproveitar a proximidade geográfica para aceder a um "convite antigo" da Câmara de Pequim e visitar a capital da China e as infra-estruturas que estão a ser construídas para os Jogos Olímpicos. [...]
Obs: A vontade de estabelecer um acordo de cooperação e amizade entre Lisboa e Pequim, uma cidade que fervilha de dinamismo, pode enriquecer ambas as cidades. Resta saber que áreas de cooperação serão identificadas e como elas se realizam no terreno.
Seja como for, a iniciativa, de per se, é já positiva pois reflecte um trabalho de antecipação do futuro, ou seja, não se trata de prever o futuro, proeza só ao alcance de feiticeiros, mas sim o de identificar as mudanças que já aconteceram.
Até porque nos países de mais rápido crescimento económico ao ano, o futuro será marcado por algo a que poucos dão a devida atenção: o crescimento rápido do número de idosos e o declínio rápido da população jovem.
Em todos os países ricos, e aqui, curiosamente, teremos de incluir a China e o Brasil (apesar de serem sociedades altamente desiguais e fragmentadas) a taxa de natalidade está abaixo dos 2,2 filhos (que é considerada a taxa de substituição da população).
No plano político, tal significará que a emigração será um "tema quente" que dividirá os partidos.
Ao nível económico, as empresas irão reformular as suas estratégias de comunicação, designadamente para o sector dos idosos. Ou seja, hoje, dadas as alterações sistémicas que estão em curso nas sociedades - a Ocidente e a Oriente - também as autarquias, mormente as de maior dimensão, terão de equacionar novas competências e políticas públicas para fazer face à mudança que, em rigor, nunca ninguém sabe o que é com rigor.