A Quadratura do Círculo da economia portuguesa. Keynes a 50%...
Os empresários estão ligeiramente mais pessimistas quanto ao andamento da economia, mas o investimento empresarial está no máximo de nove anos e o consumo continuou a recuperar em Julho, embora a confiança das famílias esteja no ponto mais baixo dos últimos seis meses, de acordo com a síntese de conjuntura mensal do Instituto Nacional de Estatística (INE), ontem divulgada.É mesmo o investimento e o consumo que estão a "puxar" a economia portuguesa, já que as exportações estão a desacelerar.
Mas o mesmo está acontecer com as importações, permitindo que o contributo das contas comerciais externas para o crescimento da economia seja ainda positivo. "O enquadramento internacional apresentou-se menos favorável", justifica o INE, com os dados de Agosto a revelarem uma ligeira desaceleração na carteira de encomendas dirigida às empresas. Pelo segundo mês consecutivo, em Agosto o "clima económico", que mede as vendas nos lojistas, construção e a produção na indústria, voltou a cair - o que justifica o pessimismo dos empresários - embora, diz o INE, "não se afastando do máximo de cinco anos anteriores atingido em Junho". [..]
Obs: Diria que as exportações descem ligeiramente, o investimento de qualidade infra-estrutural no País ou é invisível ou imperceptível, os índices de confiança estão na valeta e o desemprego é um problema. Ainda assim, consome-me mais em função dos créditos feitos. Resultado: endividamento estruturalda sociedade portuguesa. E ainda somos as pessoas da Europa que apresentam (+) 2ª habitação, o que é uma contradição.
Ora não havendo investimento não há acelerador da economia, logo também não existe dinamismo económico - o tal efeito multiplicador - capaz de gerar inputs na economia capaz de intensificar o consumo que, por sua vez, irá gerar mais procura nas complexas leis da economia liberal, sempre presa ao fio da lei da oferta e da procura, salvo quando certos sectores da economia estão cartelizados ou padecem duma ausência de concorrência trucidante para os consumidores. Como sucede com o sector energético - em que a produtora é também distribuidora, o que agrava a factura ao fim do mês junto dos agregados familiares.
O pleno emprego de John M. Keynes hoje seria uma miragem, aliás, teremos de corrigir essa Teoria pela do meio-consumo, meia-exportação, meio-emprego, meio-investimento, meia-remuneração, meia-produtividade e competitividade, meio... Resta saber se estamos assim ou se somos mesmo assim: andamos pelas metades e avançamos às arrecuas.
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