José Azevedo Pereira é o novo director-geral dos Impostos
A garantia foi dada esta noite pelo ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, no Programa «Grande Entrevista», da RTP1.
Teixeira dos Santos sublinhou que José Azevedo Pereira «tem uma larga experiência empresarial e académica na área financeira» e, por isso mesmo, «será empossado como director-geral na próxima semana».
Azevedo Pereira, professor do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) e professor convidado do Instituto Superior de Gestão Bancária (ISGB) substitui, assim, Paulo Macedo à frente da Direcção-geral dos Impostos (DGI).
Quem é o sucessor de Paulo Macedo?
José Azevedo Pereira tem 46 anos e é Doutorado em Gestão pela Manchester Business School, no Reino Unido. Alia ainda um MBA pelo ISEG, onde lecciona uma cadeira na área financeira.
É licenciado em Organização e Gestão de Empresas.
O comentário do Jumento ao novel director-geral dos Impostos.
"O NOVO DIRECTOR-GERAL DOS IMPOSTOS: JOSÉ AZEVEDO PEREIRA
O nome do novo director-geral foi divulgado pelo ministro das Finanças numa entrevista à RTP, dele pouco mais se sabe do que o nome, o curso onde se licenciou, que fez o doutoramento numa universidade vulgar, que está ligado ao ISGB (Instituto Superior de Gestão Bancária) e pouco mais.
Sendo a DCGI uma organização com mais de 13.000 funcionários e centenas de serviços, estes dados são insuficientes para avaliar as suas aptidões para gerir uma "grande empresa" que desconhece. Se em vez de cobrar impostos a DGCI tivesse como funções fazer aplicações financeiras com as receitas fiscais diria que o futuro director-geral teria uma formação razoável, ainda que duvide que a Goldman Sachs perdesse muito tempo a ler o seu currículo. Mas para gerir uma empresa tão grande sem qualquer experiência de gestão teremos que duvidar da escolha.
É evidente que tem o benefício da dúvida só que neste caso a dúvida é grande, diria mesmo que é muito grande. Há um grande risco de José Sócrates ter dado um tiro no pé, em vez de ter escolhido em função da capacidade de gestão foi procurar o mais parecido que havia no mercado com o dr. Macedo, mas a baixo preço.
Os argumentos usados pelo ministro são aquilo a que se poderiam chamar argumentos da treta, aliás, foi visível a sua atrapalhação no momento de justificar a escolha. Consultor qualquer um pode ser, é o que há mais em Portugal. Quanto a gestor até o senhor Moreira da mercearia onde vou pode dizer que é, trata-se de uma empresa do sector alimentar com quatro empregados, o senhor Moreira, uma empregada e as duas filhas, uma a tempo inteiro e a outra nas horas vagas.
Isso significa que nem o ministro das Finanças, nem José Sócrates perceberam o que se passou na DGCI nos últimos três anos. Em vez de procurarem alguém com perfil para director-geral escolheram o que encontram de mais parecido com o dr. Macedo, resta esperar que tenham tido sorte.
Enfim, esperemos que ao menos o futuro director-geral dos Impostos saiba onde fica o seu serviço de Finanças pois para conhecer a DGCI vai levar algum tempo, tempo durante o qual o petroleiro, que já andava a navegar devagar, vai ficar parado.
PS. Um pequeno mau momento naquela que foi uma boa entrevista do ministro das Finanças".
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Obs. do Macro: Oxalá o novo DGI não encomende missas quando a situação aquecer, senão passamos a ter colectas nas missas, o que agrava a carestia de vida dos portugueses, mormente os mais crentes. Mas damos aqui o benefício da dúvida ao empossado ao serviço dos contribuintes, que são aqueles que pagam o funcionamento do Estado (através dos impostos) e o combate ao défice.
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