Uma notícia triste: morreu o cineasta italiano Michelangelo Antonioni
Morreu o cineasta italiano Michelangelo Antonioni
31.07.2007 - 10h01 Agências
O cineasta italiano Michelangelo Antonioni morreu ontem à noite, em sua casa, aos 94 anos de idade, anunciou hoje a agência Ansa. Com uma carreira de mais de seis décadas, foi o autor de filmes como "Profissão: Repórter" (1975), "Blow Up - História de Um Fotógrafo" (1966) ou "A Aventura" (1960).
O anúncio da morte de Antonioni chega 24 horas depois da notícia da morte de outro grande realizador do século XX, o sueco Ingmar Bergman.
O realizador faleceu por volta das 19h00 locais (18h00 em Lisboa), "calmamente, em sua casa, com sua mulher, Enrica Fico, a seu lado", refere a agência italiana. O corpo de Antonioni ficará a partir de hoje em câmara ardente na Câmara Municipal de Roma, estando o funeral marcado para quinta-feira em Ferrara, no norte de Itália, onde o realizador nasceu a 29 de Setembro de 1912.
"Com Antonioni morre não só um dos maiores realizadores mas também um mestre da modernidade", declarou hoje o presidente da câmara de Roma, Walter Veltroni, em comunicado.
Antonioni, um dos cineastas italianos modernos mais conceituados internacionalmente, alcançou a fama no fim da década de 60 e início da década de 70 com uma série de fimes individualizados.
Depois de vários anos a trabalhar com alguns dos maiores nomes do movimento neo-realista italiano, Antonioni foi aclamado mundialmente com filmes que exploravam aquilo que, na sua opinião, representava a esterilidade emocional da sociedade moderna. Ficou também conhecido como o cineasta da incomunicabilidade, "mal-de-vivre" e do amor impossível. O seu percurso internacional ficou marcado por prémios como o Leão de Ouro na Bienal de Veneza em 1964, pelo filme "O Deserto Vermelho"; a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1967, pelo filme "Blow Up - História de um Fotógrafo"; e um prémio especial atribuído pelo júri do Festival de Cannes, pelo filme "Identificação de Uma Mulher", em 1982.
Em 1995 foi homenageado com o Óscar de carreira e em 1997 recebeu o Leão de Ouro em Veneza, como reconhecimento pelo seu percurso de realizador. (...)
Obs: Que descanse em paz e que para onde vai possa continuar a representar a 7ª Arte que tão bem manipulava.
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