A força das caricaturas e da sátira do Fliscorno
Estas eleições intercalares em Lisboa colocaram um problema teórico-prático à democracia representativa: os dissidentes poderão ser considerados verdadeiramente independentes?
Consabidamente, Helena Roseta do PS e Carmona Rodrigues suportado pelo PSD nos últimos dois anos (apesar de independente) apresentaram-se mais como candidatos ressentidos com os seus partidos, PS e PSD. Aquela porque Sócrates não lhe respondeu à carta nem nunca a convidou para uma qualquer secretaria de Estado; Carmona poque foi vilipendiado por MMendes quando deixou de servir os interesses da liderança da S. Caetano à Lapa que hoje está como está, curiosamente por causa da ferida aberta pela perda da fortaleza de Lisboa para o PS.
Dito isto, faz pleno sentido que o blog Fliscorno tenha satirizado, com algumas derivas históricas interessantes que remetem para o tempo do cavaquismo e o triunfalismo dos fundos comunitários da então-CEE que viabilizou muita rodovia e a emergência da classe média que fez enriquecer o sector da Distribuição em Portugal cujo arauto é Belmiro-Sonae, o papel dos agentes políticos nestas eleições para Lisboa, parodiando - até duma forma artística - a representação política que cada um dos partidos teve na Capital. O efeito de justaposição entre a sátira, o humor e o carácter cómico de toda a situação leva a que valha a pena visionar o referido blog e ler essas caricaturas da realidade.
Mas antes o autor deixa-nos uma reflexão mais séria, que enquadra a situação. Vejamos:
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