quarta-feira

Braga: Junta médica decide caso sem convocar doente

Após mais de 30 anos de serviço, o professor Artur foi traído pelo cancro. Ficou sem a laringe e só falava, com grande dificuldade, através de um aparelho. Mesmo assim, foi-lhe recusado o pedido de aposentação e até uma junta médica o deu como apto. Mas os alunos acabaram por não ouvir qualquer aula ao som da sua voz robótica. O professor morreu no dia 9 de Janeiro. (...)
Obs: Esperemos, sinceramente, que os familiares e amigos do prof. Artur Silva, que faleceu em janeiro último, processem todos e cada um dos elementos irresponsáveis da tal junta médica de Braga e que o Tribunal apure todas as responsabilidades e puna severa e exemplarmente os canalhas que, mediante os factos e à revelia do visado, decidiram da sua vida de forma verdadeiramente animalesca e assassina.
Como medida preventiva, os médicos em questão deveriam ser imediatamente suspensos pela Ordem a fim de, por negligência, pura irresponsabilidade ou falta de vocação para o exercício da profissão, não provoquem mais casos semelhantes.
Parece que estamos em África naqueles hospitais de campanha em plena II Guerra Mundial. Só que até aí os médicos eram mais responsáveis e competentes...