sábado

As assistentes sociais e a sociedade em geral deverá meditar neste caso de violência estrutural na sociedade portuguesa

Barcelos: Família de acolhimento em pânico. Menina vai para a Rússia
José Pinheiro e Florinda Vieira temem pela vida da pequena Alexandra, nascida há quatro anos em Portugal, e que acolheram quando tinha apenas dois. Até porque a menina, cujos pais estão ilegalmente em Portugal, passava fome e ficava abandonada nas ruas de Barcelos enquanto ambos levavam vidas degradantes.
Sérgio Freitas José Pinheiro e Florinda Vieira temem pela vida da pequena Alexandra, nascida há quatro anos em Portugal, e que acolheram quando tinha apenas dois. Até porque a menina, cujos pais estão ilegalmente em Portugal, passava fome e ficava abandonada nas ruas de Barcelos enquanto ambos levavam vidas degradantesFilha de imigrantes de Leste, Xana nasceu há quatro anos em Portugal. Passou metade da vida à fome, sob maus tratos e a assistir à degradação da mãe prostituta e do pai alcoólico. Teve a sorte de encontrar, nos últimos dois anos, uma família de acolhimento. Mas o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) retirou-a do único lar a que teve direito e juntou-a à mãe de nacionalidade russa, detida em situação ilegal e à espera de ser repatriada.(..., link)
Obs: o resto da história é arrepiante, até dá vontade de dizer que certas mulheres (e homens) só poderiam ter filhos mediante um certificado de responsabilidade. Do outro lado da barricada, está um "exercíto" de técnicas e de assistentes sociais cuja missão é fazer de "almofada" a esses casos-limite e identificar alguns caminhos de integração e de resocialização, mas a questão nuclear que se pode colocar de forma mais incisiva é saber o que esse importante corpo de funcionários da alma, do corpo e da marginalidade pode fazer ao nível preventivo para não ter de actuar post-factum.
Aqui o interessante seria a prevenção e não a reparação, até porque sai sempre mais caro ao Estado (e aos contribuintes) e não dispensa a dor e o sofrimento dos visados - que também acabam por instabilizar a sociedade e gerar, por efeito de contágio, um clima de insegurança e de medo. Enfim, um tema para uma (eventual) conferência dos profissionais
/assistentes sociais equacionarem e debaterem, de preferência no quadro comparativo para se aferir o que os outros países europeus estão a fazer nesse domínio (da prevenção) da marginalidade. Por regra associada à violência estrutural na sociedade, que hoje, por força da globalização e dos fluxos migratórios, se transnacionalizou. E da pior forma...