domingo

O escarro da democracia, como diria Garcia Pereira - o advogado capitalista (dos pobres)

CUIDADO COM ESTA MULHER. COMPORTA-SE EM DEMOCRACIA COMO SE VIVESSE EM DITADURA. DEVE SER BANIDA DA FUNÇÃO PÚBLICA IMEDIATAMENTE, SEM APELO NEM AGRAVO - E, SE POSSÍVEL, EM SEDE DE PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS - POR DECRETO-LEI.
Foto Jumento

Esta é a muler que mandou instaurar um processo disciplinar a um funcionário da DREN, professor e ex-deputado do PSD por ter feito uns comentários jocosos sobre o canudo do PM. Ainda pensei em não colocar aqui a foto desta idiota (para não a promover), mas não o fazer seria amolgar a democracia e amputar liberdade de expressão, daí... valores mais altos se ergueram.

De facto, quem vê caras não vê corações, como diz o ditado. Se visse esta senhora na rua ou na padaria, na peixaria, no talho, no cabeleireiro, num subúrbio qualquer diria, naturalmente, que é uma mãe de família, já entrada e anafadinha, quiça avó, boa cozinheira, amiga do gato, do cão e do piriquito, asseadinha, talvez expert em croché ou mesmo porteira dum pédio das avenidas novas. Tem cara de quem gosta de aos domingos pressionar o marido a ir comer duas pratadas de cozido a um qualquer restaurante enfarta-brutos, o que justifica quela papada-zinha, apesar do olhar - se não for falso - ser terno e meigo. Aposto também que coze as cuequinhas e as meias ao marido e zela pelo lar e décor da casa. Deve ser igualmente ela que agenda as férias, determina o seu destino, escolhe o que se come e quanto se vai gastar em vacances.

No fundo, parece-nos uma senhora da classe média portuguesa - amiga e leal e boa esposa de família. Quem sabe também filiada nalguma associação de protecção dos animais que sofrem ou dos cães atropelados que ficaram só com três patas. Deve também dar um ou dois euros aquando do peditório dos Bombeiros. Provavelmente, gostará de algodão doce, apesar de poder ser diabética..

Mas isto é o que parece - muito diferente daquilo que a senhora, verdadeiramente, revelou ser. E o que ela revelou ser foi a antítese de todos os valores democráticos que o regime consolidou ao longo destas três décadas de liberdade de expressão em Portugal.

Afinal, sob a capa de ternura daquele olhar está uma língua de fogo que queima à sua passagem; nos interstícios daquela papada está uma terrível sede de vingança pessoal e partidária; no remoinho daquele penteado esgroviado de subúrbio está uma vontade férrea de trucidar a democracia e agradar ao chefão, quiça para ser promovida ou reformada antecipadamente; no latejar daquelas narinas está pólvora; e em toda aquele forma mentis está, no fundo, a postura duma gibóia segundos antes de atacar um veado no Serengethi, na Tanzânia.

Entre o que a senhora parece e aquilo que objectivamente denunciou está um fosso cruel: salazarengo, pidesco, mórbido típico das ditaduras de esquerda e de direita que fez agoniar a Europa no decurso do séc. XX, e fez perseguições a pessoas e destruíu famílias e projectos de vida.

Afinal, quem é esta mulher? O que fará ela em Portugal? Solicite-se, com carácter de urgência, ao MAI e ao SEF - e mande-se investigar o seu passaporte...

PS: Esperemos agora que o delator, soit disant - amigo do tal prof. Charruas, seja igualmente denunciado e que a sua imagem seja publicitada. Só dessa forma a democracia se impõe sobre a censura e os processo pidescos, afixando na vitrine da opinião pública a cara e a testa destes resíduos da democracia.