sábado

A Ota da nossa desgraça com aviões a serpentear nos céus

Relatório da NAV chumba Ota O futuro aeroporto da Ota terá uma validade de 13 anos, muito abaixo dos 50 previstos pelo governo, segundo um relatório da Navegação Aérea de Portugal (NAV) O documento, a que o SOL teve acesso, dá conta que o aeroporto da Ota atingirá a capacidade máxima em 2030, ou seja, estará saturado em apenas 13 anos, já que a inauguração está prevista para 2017.
Segundo o estudo da NAV, cuja mais recente versão data de Janeiro, não será possível efectuar aterragens e descolagens em simultâneo, ainda que o aeroporto tenha duas pistas, e o máximo permitido é de 70 aviões por hora, contra os 80 desejados pelo governo.
A somar às perspectivas de rápida saturação está ainda o facto do espaço aéreo destinado à Ota colidir com os corredores aéreos da base da Força Aérea de Monte Real.
Entretanto, os ministros das Obras Públicas e da Defesa encomendaram novos estudos à NAV, «de forma a conciliar os interesses da Ota com a operacionalidade de Monte Real».
Esta semana, o Presidente da República, Cavaco Silva, lembrou que a União Europeia exige estudos de «custo-benefício» para projectos como o da Ota. No entanto, Cavaco Silva escusou-se a fazer comentários sobre a localização do novo aeroporto na Ota, por considerar que se trata de «uma decisão técnica». (...)

PS: Para ler o resto do artigo o semanário Sol pede o favor de comprarem o jornal porque a vida está difícil, e o Expresso parece que não cede, ou são os leitores que já fazem práticamente tudo pela net... Até deixar de comprar jornais. E fazem bem.

Obs: O baile está armado: um novo estudo diz que os aviões têm de zigue-zaguear para meter o nariz no chão; Cavaco, que nada percebe de aviões (nem de avionetes), diz que a coisa é assunto de técnicos (uma decisão política para técnicos, muito bem!!!). O governo ficou assustado, o terreno parece que é pantanoso, desconheço o que pensam os pilotos... Enfim, nada alí bate certo. Atrever-me-ía a dizer, em face de tamanhas dificuldades, que seria melhor construírem o novo aeroporto alí no terreno da ex-Feira Popular ou, em alternativa, na Av. de Roma, bastaria colocar dois polícias sinaleiros: um na Praça de Londres com um sinal vermelho; o outro em Alvalade - alí ao pé do Júlio de Matos - com o sinal verden - de modo a deixar passar os aviões que viriam das bandas do Lumiar e de Sacavém. E com asas mais curtas, os aviões conseguiriam perfeitamente aterrar nos 2.0000 m. da Av. de Roma. Daria até para os pilotos e demais tripulação irem alí à Mexicana beber um cházinho e comer um bolinho de feijão. Apesar do ridículo de tudo isto, a opção pela Av. de Roma parece-me mais consensual do que a OTA... E como eu não sou técnico, como diria Cavaco, estou já desculpado por estas bujardas... entre as muitas que se têm dito sobre a matéria. Até porque daqui por uns anos até os aviões comerciais fazem o take-of ou serão propulsionados na vertical, e se assim fôr bastaria um avião em cada esquina e ficaria dissolvida a questão do novo aeroporto. Por outro lado, num país de marinheiros, não percebo porque razão os portugueses não recorrem mais ao barco...
Entre morrer despenhado a 900 Kil.h. na Amazónia ou ser comido por um tubarão no Atlântico - não sei bem o que é pior. Aqui só muda a velocidade da morte...No avião há menos tempo para a angústia. Eu, por mim, cada vez gosto mais de anda a pé.