quarta-feira

O filme de gangsters à portuguesa: o caso da UnI

"As duas facções em litígio chegaram a acordo quanto à solução do cargo de reitor e ainda sobre o corpo docente. A designação do novo reitor “será conhecida o mais brevemente possível”, adiantou Pedro Silva, assessor de imprensa da UnI. Da mesma reunião saiu ainda a constituição de um novo corpo docente, do qual fazem parte professores das listas escolhidas pelas equipas das facções lideradas por Luís Arouca e Rui Verde. A instituição deve retomar a normalidade “ainda hoje”, depois de alguns alunos começarem a tentar a sua transferências para outros estabelecimentos de ensino e de ameaçarem não pagar propinas, enquanto a crise não estivesse resolvida.Lúcio Pimentel não foi detido para interrogatório, como chegou a ser avançado ao longo do dia.Luís Arouca terá sido detido pela Polícia Judiciária para interrogatório. Nuno Tavares e Raul Cunha foram ouvidos na qualidade de testemunhas".

Obs: O caso UnI suscita-me duas notas: para quando é que o realizador Manoel de Oliveira, quase a galgar os 100 anos, começa a preparar o guião para este filme de gangsters de pacotilha à portuguesa; e para quando é que o prof. Mariano Gago encerra aquele antro de maus exemplos que ainda agravam mais a já débil qualidade e imagem da Academia em Portugal. Salvaguardando, naturalmente, os intereses dos alunos de forma a minorar os seus prejuízos. O espaço da Universidade é um lugar de ensino, investigação, produção de conhecimento, estabelecimento de pontes com o meio empersarial. Quando se olha para aquele ninho de víboras representado pelos dois clans (Verde e Arouca) nenhum daqueles valores se detectam, razão por que Mariano Gago já deveria ter encerrado aquele estabelecidmento de "ensino"..