quinta-feira

A fantasmagoria do regresso de Portas ao cds/pp

Consabidamente a Disneylândia é um modelo perfeito de todos os tipos de simulacros confundidos. É um jogo de ilusões e de fantasmas, jogados entre piratas, guerrilheiros da caneta, jornalistas emigrados na política, homens com um ego doentio como aquele que aprisiona e escraviza o sr. Paulo Portas - hoje regressado ao cds, embora não dissesse peva acerca do seu ideário, objectivos e terreno programático para alcançar aquilo que não disse. Ainda assim, o comediante lá teve meia dúzia de jornalistas a registar aquelas balelas cheias de pompa e gozo semi-religioso. Portas é um dejá-vu, o seu regresso só pode beneficiar a intriga partidária, a dialéctica discursiva para os arranques dos telejornais e revistas do jet-leg, os bites, bytes e sounds numa atracção de multidão miniaturizada que acaba por não perceber ao que vem Portas. Creio que a verdadeira e única motivação deste regresso de Portas se deve ao facto de ele precisar do calor humano da sua pequena multidão de seguidores e aduladores numa ficção post-infantil que nenhuma vantagem efectiva trará ao País. Se assim é pergunto-me por que razão não arranjaram um carrinho-de-linhas a Portas para brincar no Largo do Caldas...