sábado

Durão barroso e o penhasco...

Durão barroso nos momento de comemoração de qualquer coisas gosta sempre de aparecer com uma imagem de Estadista, homem de visão que apreende o horizonte e o zenite num só lance. Basta olhar para ele para perceber que a visão que ele tem da Europa não passa da de um merceeiro da Rua Morais Soares a caminho do Alto de S. João. Pose, pose, pose... é isto que sempre foi o delfim de Cavaco. Vejamos o que ele nos fala nessa entrevista de "inglês-ver":

1. Um novo humanismo para a Europa, mas a sua contribuição maior foi pôr-se ao lado do mentecapto g.w.Bush para fazer a guerra ao Iraque e matar cerca de 200.000 civis. Eis o legado barrónico a partir da Europa e tendo por referência a meretriz da Cimeira dos Açores - da qual foi o mordomo;

2. Quanto aos conceitos de globalização é dum primarismo que enjoa, ajudamos aqui barroso a ler alguns livrinhos de referência sobre o tema, e que o ajudariam a romper a mediania dos seus conceitos, referências e teorizações: David Held, Global Transformations...Já existe na Europa... Assim, não copia tanto - e em calão, as ideias estafadas sobre esse fenómeno multidimensional;

3. Depois faz umas referências ao cinema, um pouco ao jeito de Paulo Portas... Nem imagina ele o filme que deixou em Portugal quando traíu o país e os portugueses com o rectângulo entregue a um frequentador da Kapital sem a mínima ideia do que era governação. Pois Santana, consabidamente, agora só percebe é de energia - via Edp...;

4. Ao considerar que a China tem uma bela ideia da UE denuncia as suas velhas orientações, no fundo durão nunca deixou de ser o velho maoista de sempre, apenas utiliza o capitalismo e a democracia para fazer carreira. É um oportunista;

5. De seguida mistura futebol com Shakespeare e Pessoa, assim pretende dar um traço de modernidade mas acaba só por reflectir o seu provincianismo mental e cultural. Para barroso a sua referência é mais Mourinho (e também Figo), com isto durão apenas está a dizer: vejam, estes tipos é que são os bons, porque ganham contentores de dinheiro por mês e ele - durão, identifica-se com este tipo de prestação e categoria social. Ficámos entendidos com as referências de barroso acerca dos seus valores. Pelo meio meteu umas buchas de Karl Popper só para mostrar que não é completamente estúpido, pois até cita filósofos..;

6. Posteriormenete cita Maimónides que certamente nunca leu e depois conclui com mais umas banalidades de conferência e fecha com a sua proclamação inicial: criar um novo humanismo, embora os milhões de pessoas só se lembrem de Barroso a ser o Mordomo-mor na Cimeira dos Açores - que preparou a guerra ao Iraque.A mesma que matou 200.000 civis. Por acaso nenhum foi amigo ou familiar de durão..
No fundo, Fujão barroso é um sujeito político que primeiro pensou nele, depois, nele e só depois nele. Portugal ficou para 2º plano, nas mãos de Lopes, barroso hoje a partir da Europa cita Beckam misturado com Fernando Pessoa. Confesso aqui que a ideia que tinha de Durão já era má a todos os títulos, com esta entrevista ao jornal de Balsemão a ideia que faço dele ainda fica mais afectada. E o quadro compõe-se se interpretarmos bem a imagem que ele procura dar dele próprio: é um tipo que vôa baixinho, apesar de estar aos comandos de avião que é grande demais para a sua capacidade. Como diria Chateubriand: a ambição sem capacidade é crime.
De facto, durão é o homem que ocupa o cockpit do avião, mas, na realidade, o aparelho segue em piloto automático. Veremos se com ele - a Europa - não se despenha contra um penhasco...