As duas comemorações: os 50 anos da Europa e a guerra civil no Iraque
Infelizmente, conheci Durão Barroso na Universidade Lusíada onde pautava a sua conduta pela arrogância e distanciamento entre as pessoas. Como docente foi uma lástima, não deixou memória. Empertigado, com muita pose de Estado e trejeitos no queixo que ajudam a disfarçar a sua crónica escassa substância intelectual. Contudo, isso não impediu que ele não se tenha achado um grande expert em sistemas políticos e burocracias africanas. Um dia, numa daquelas manhosas aulas que dava, chegou mesmo a afimar que no seio do conflito angolano uma das suas técnicas de mediação diplomática consistia em mentir a ambas as partes (UNITA e MPLA) a fim de as aproximar em vista do consenso. Mais tarde vim a descobrir que os seus métodos como diplomata não foram os melhores e a sebenta por que copiava as teorias que ventilava à turba era a Enciclopédia Polis por onde decalcava - em calão - as tretas que ensinava. Felizmente, nunca aprendi pelas suas receitas e creio que os meus colegas de faculdade também não... Felizmente para todos.
O quarteto da desgraça. Quatro homens em fim de carreira recorreram à mentira como forma de fazer política. Manipulando os factos e dando-lhe uma aparência de factualidade que, na realidade, nunca tiveram. Qual foi então o propósito da guerra ao Iraque? O poder, conquistar e reforçar o poder: G.W.Bush precisava de vingar o pai e arranjar uma bandeira na América; Blair faz sempre o que o seu paizinho manda; Aznar confundiu tudo, até meteu a ETA no saco da Al Qaeda, hoje dá conferências e saca milhões aos papalvos. Continua, portanto a enganar as pessoas mais ingénuas; sobra Fujão Barroso, talvez o político português post-25 de Abril que cometeu o mais grave crime de traição política a Portugal. Um ser desmesuradamente ambicioso que preteriu os interesses de Portugal em favor dos seu capricho e ambição pessoais. E o mais grave é que deixou o País entregue a uma pessoa completamente impreparada, Santana, daí a gravidade acrescida do seu crime. Como diria Chateubriand: a ambição de quem não tem capacidade é crime. E durão personifica ad nauseaun esta asserção.
Se hoje este quarteto da desgraça tem alguma razão para comemorar esse objecto tem nome: é a guerra civil no Iraque para a qual todos directamente contribuíram. Confesso que me admiro pelo facto de as redes terroristas ainda não terem, como represália (como fizeram aqui ao lado em Espanha), feito explodir umas bombas em Portugal - na sequência do envolvimento de Portugal na Cimeira dos Açores, que serviu de mola a Durão barroso subir a presidente da Comissão Europeia - onde hoje é o manga-de-alpaca e pouco conta na formação das tendências e dos movimentos políticos que se estabelecem na Europa.
Eis o mapa da América de bush, e a Europa de Durão, que agora comemora os seus 50 anos, também tem nome: a guerra civil no Iraque - do qual aquele foi um exímio feitor ao lado do maior mente-capto que hoje lidera a maior super-potência do mundo. Não é isto absurdo?????
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