Nem de propósito... A emigração económica. Um retrato de Portugal
Obs:
Não deixa de ser paradoxal que Portugal, um país europeu, que já integrou a União Europa há mais de 20 anos, seja hoje varrido por duas tendências contraditórias: a) ser procurado por jovens casais e reformados de classe A que por cá estudam, trabalham e passam férias; b) "empurre" os seus jovens quadros para o estrangeiro - metendo-os na rota da emigração económica, visto que internamente não são geradas as oportunidades necessárias e suficientes para obsorver os quadros licenciados que saem formados dos bancos das universidades. Isto até parece uma aposta da globalização contra o homem moderno, europeu, branco e tecnológicamente avançado.
Uma aposta que consiste no seguinte: somos hoje obrigados a viver com o sentimento conflituoso dentro de nós - pensando que poderíamos fazer cá dentro mais e melhor do que aquilo que vamos fazer "out there" - destribalizados e, em inúmeros casos, encontrando uma sociedade corrupta, subdesenvolvida, feita de economias paralelas e de subornos, que vive de comissões do ouro negro, e, mais gritante ainda, em países em que não se respeitam os direitos humanos e a generalidade das pessoas sobrevive com menos de 1 dólar per day. Não sei bem porquê, mas infelizmente Angola - que ainda não é uma democracia pluralista, corresponde a este perfil de Estado-falhado que só existe política e económicamente no mapa mundo por causa das suas riquezas naturais, as quais também não têm servido para desenvolver o território e as suas gentes.
Obviamente, isto não sucede por acaso...
TOMO
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