terça-feira

Diz-me qual a cor das tuas peúgas

Nota prévia: Já nos bastava o bcp/millenium ter colocado um seu homem do Opus dei à frente da DGCI, agora temos também a vontade de Paulo Teixeira Pito, que até cita Mark Twain para referir que a sua OPA ao BPI está de pedra e cal, não obstante o reforço do La Caixa, quer obrigar Constâncio do BP a justificar-se por ter facilitado aquele reforço. Bem sabemos como são os métodos do Opus Dei relativamente aos seus membros, especialmente quando fazem os votos de pobreza, castidade e de obediência cujas consequências são a separação dos filhos dos pais e de toda a família, por isso não me admiraria que qualquer dia o bcp pergunte a Vitor Constâncio a cor das cuecas, a marca das peúgas ou mesmo a refeição que tomou ao pequeno almoço.Isso poderia interferir no tipo de decisões que o BP toma relativamente a futuros reforços nos grupos financeiros que disputam operações Opistas.

Em nota de informação, o banco central diz que «pode opor-se à aquisição de participação qualificada em instituição de crédito apenas por motivos de natureza prudencial». Como o «La Caixa» é uma instituição idónea e com capacidade financeira inquestionável, o banco central, liderado por Vítor Constâncio, deliberou «não se opor ao aumento de capital do La Caixa no BPI de 19 para 33%». A autorização estava dada, por isso quando os espanhóis aumentaram a posição para 25% não carecia de mais comunicações prévias.

O Banco de Portugal lembra que «utilizou a mesma bitola quando antes também não se opôs ao aumento da posição do BCP até 100% no capital do BPI». No parecer enviado à Autoridade da Concorrência, o Banco de Portugal concluía que «a OPA lançada pelo BCP sobre o BPI não punha em causa a concorrência no sector».